O termo "phablet", cunhado para definir aparelhos que são grandes demais para serem smartphones, mas pequenos demais para serem tablets, chegou a ser tratado como uma piada pela imprensa internacional quando surgiu. Seja qual for o nome adotado, a verdade é que esse segmento é um sucesso na Coreia do Sul, um dos mercados mais desenvolvidos em telefonia móvel no mundo. De acordo com um levantamento feito pela Flurry com os 33,5 milhões de dispositivos móveis que monitora naquele país, 41% deles são phablets, enquanto a média mundial é de apenas 7%. Considerando que várias tendências tecnológicas surgem primeiro na Coreia do Sul e no Japão para depois se espalharem para os demais mercados, vale a pena ficar de olho nos phablets.

A Flurry classificou o tamanho das telas dos aparelhos da seguinte maneira: telefones pequenos (menos de 3,5 polegadas); telefones médios (de 3,5 a 4,9 polegadas); phablets (de 5 a 6,9 polegadas); tablets pequenos (de 7 a 8,4 polegadas); e tablets grandes (a partir de 8,5 polegadas). No mundo, a proporção é a seguinte: 4% de telefones pequenos; 69% de médios; 7% de phablets; 6% de tablets médios; e 13% de tablets grandes. Na Coreia do Sul, por sua vez, 54% da base são telefones médios; 41%, phablets; 1%, tablets pequenos; e 4%, tablets grandes. Cabe lembrar que nessa classificação da Flurry o novo smartphone top de linha da Samsung, o Galaxy S4, é considerado um phablet tanto quanto os modelos da família Galaxy Note.

Outra curiosidade levantada pela Flurry sobre a Coreia do Sul é a predominância de fabricantes locais. Os três maiores respondem por 85% da base de dispositivos monitorados pela Flurry: a Samsung tem 60%; a LG, 15%; e a Pantech, 10%. A Apple conta com 14% de share, enquanto outros fabricantes Android dividem apenas 1%.

Pagamento móvel

Na opinião da Flurry, é importante observar o que acontece na Coreia do Sul, pois pode ser uma espécie de visão do futuro de outros mercados. A empresa destaca em seu relatório o desenvolvimento da área de pagamentos móveis na Coreia do Sul. 54% das vendas in-app são feitas usando o T-cash, um sistema de m-payment da SK Telecom, operadora líder naquele país. Esse serviço também é usado para pagamentos de fora do telefone, como transporte público e táxis. Para muitos analistas, o pagamento móvel representará uma nova onda de receita a ser surfada pelas operadoras celulares.