O CSTO (Chief of Strategy and Transformation Officer) da Nova Oi, Rogério Takayanagi, afirmou que as parcerias da Oi de serviços para a próxima fase da empresa de telecom buscam a entrega de um marketplace robusto. Durante o TeletimeTec, evento organizado por Teletime nesta segunda-feira, 16, o executivo disse que o foco da companhia é a pluralidade na oferta de produtos, sem distinguir se adotará o modelo de compartilhamento de receita ou joint-venture.

“De forma geral, queremos trabalhar através de parcerias. Algumas não têm interesse de troca de equity, pois são grandes (empresas) e enxergam a Oi como parceiro de distribuição. Outros vão querer construir juntos (JV). Estamos abertos para os dois modelos. Mas, como linha filosófica, nos vemos muito mais como um hub que capta um pedaço do valor por montar essas conexões do que alguém que vai construir mecanismo de exclusividade, JV ou vertical com um único parceiro”, disse o CSTO da empresa.

“Queremos ter vários parceiros para deixar o cliente escolher qual o melhor provedor de solução para ele. É um marketplace digital com esteroides. Temos um papel mais importante de dar contexto, garantir algo relevante. E se tem algo que fazemos bem em telecom, e que marketplaces não sabem, é a recorrência. Os marketplaces fazem ‘sell-in and sell-out’”, completou.

Nesta Nova Oi que deixa o universo do móvel de lado e passa a focar no fixo, Takayanagi explicou que a empresa deixa de ser uma operadora de conectividade para ser uma companhia focada em clientes. Ou seja, antes o foco era a entrega de dados e voz para o consumidor, agora será destinada a oferecer serviços junto com a conectividade em segundo plano.

“De forma geral, quando olhamos tendências globais, nenhuma telco vai viver de conectividade. Estamos no pico da demanda, em especial na fibra. Esse mercado continuará crescendo. Mas tanto a onda de investimento (em infraestrutura), como no avanço das redes neutras, a conectividade virará commodity e a operadora não consegue viver dela. Por isso, há a necessidade de trazer novos serviços para o cliente”, explicou o executivo.

Entre os setores que o CTSO vê mais sinergia está o de casa conectada para o consumidor final, além de outros serviços B2B. De acordo com Takayanagi, algumas dessas parcerias “estão engatilhadas”. Mas o executivo explicou que nesse marketplace o foco será em levar bons produtos ao consumidor.

“Na lógica, a prioridade da Oi é construir produtos para o cliente, algo que demanda uma escala de quem está trabalhando do outro lado. É óbvio que buscaremos parcerias com empresas que tenham poder de fogo para desenvolver produtos bons, escala para garantir o custo, com um profissionalismo elevado”, disse. “O nosso papel é ser um hub para quem consome e quem oferece. Não há um limite na oferta de produtos”, concluiu.