Universidades sempre foram locais de inovação, colocando ênfase na exploração acadêmica e no desenvolvimento individual. Isso não mudou com o avanço da tecnologia. Na verdade, a adoção de ambientes virtuais de aprendizagem, comunicação móvel e ensino a distância tem potencializado o que pode ser oferecido e alcançado.

A maioria das universidades compartilham o mesmo objetivo: melhorar a experiência de aprendizado do aluno, a fim de impactar o seu desempenho e, em última instância, aumentar a sua capacidade de alcançar objetivos de vida e carreira. Essa meta requer um forte foco no aluno e o uso de tecnologia pode ajudar a atender suas necessidades e crescentes expectativas. Porém, o sucesso dessas iniciativas depende da capacidade da instituição em mudar algumas atitudes arraigadas no âmbito acadêmico.

É preciso liderança executiva forte para impulsionar a mudança e argumentos convincentes para mostrar como a tecnologia pode ser útil dentro do contexto acadêmico. Para muitos gestores, torna-se uma missão pessoal olhar para além de quaisquer obstáculos ou dúvidas e criar uma estratégia de tecnologia que entrega resultados.

No entanto, a implementação de tecnologia na educação não pode ser feita do dia para a noite, requer investimentos, não apenas financeiros, mas em termos de gestão da mudança, apoio e comunicação.

A tecnologia em si tem que ser confiável. Alunos e professores esperam que a tecnologia esteja sempre disponível e quaisquer problemas com estabilidade afetarão a adoção. Ninguém vai se sentir confortável com algo que possa falhar em um momento crucial, seja no meio de uma aula online ou tentando enviar um trabalho. Os fundamentos devem estar cobertos desde o início. O Ambiente Virtual de Aprendizagem está disponível 24 horas por dia? Ele roda na velocidade que os usuários precisam? Ele é acessível em todas as plataformas, navegadores e dispositivos?

Para muitos docentes, usar um ambiente virtual pela primeira vez é uma mudança em sua prática de trabalho estabelecida e que eles passaram a confiar. É papel da instituição apoiá-los com treinamento, suporte técnico e orientação. Os usuários precisam ter acesso a ajuda, através de telefone, chat, e-mail ou presencialmente, quando surgirem dúvidas imediatas ou não conseguirem fazer o sistema funcionar como queiram. Também é vital ao fornecer treinamento sobre a nova tecnologia contextualizar com as melhores práticas pedagógicas.

A tecnologia é uma importante ferramenta a ser usada pelos educadores para melhorar o seu processo de ensino, por isso é importante não jogá-los lá dentro e esperar adoração instantânea. Instituições devem fazer o seu melhor para fornecer recursos que possam aumentar a adoção. Seja compartilhando links úteis do YouTube, literaturas sobre o assunto, artigos online, ajudando a resolver quaisquer dificuldades técnicas ou oferecendo cursos de formação oficiais como parte do desenvolvimento profissional contínuo do corpo docente.

Hoje em dia, é uma norma para as universidades investir em tecnologia para beneficiar os seus alunos. Porém, os sistemas nem sempre são utilizados plenamente. Professores precisam ser convencidos de que a tecnologia pode tornar o ensino mais interessante, fácil, motivador e, principalmente, que melhorará os resultados dos alunos. Se a tecnologia disponível para os professores não é explorada e utilizada, isso não apenas prejudica os docentes, mas é também uma injustiça com os alunos.

Ninguém gosta de ser forçado a nada: deve ser através da partilha de histórias de sucesso e melhores práticas que as universidades podem criar uma onda de entusiasmo por aquilo que é realizável com uso da tecnologia. Além disso, usar a tecnologia para o engajamento dos alunos, desde o momento da inscrição até a avaliação final, pode fornecer dados vitais que podem ser usados para alimentar a estratégia de curto e longo prazo da universidade.

Não há como voltar atrás agora. É impensável para uma universidade em 2016 não querer engajar alunos eletronicamente, oferecer cursos à distância ou monitorar o progresso e taxa de sucesso com o uso da tecnologia. Nos próximos anos, a tecnologia continuará a ser a espinha dorsal das instituições de ensino, garantindo que elas consigam oferecer uma experiência única de aprendizagem, mais rápida, de forma mais relevante, a um grupo maior e mais diversificado de pessoas.

A tecnologia é tão boa quanto seus usuários são. Se as universidades não conseguirem mergulhar profundamente nos aspectos benéficos da tecnologia, se deixarem de envolver os alunos, e se os professores relutarem em explorar o que é possível, será improvável a adoção bem sucedida. E isso é pior do que um desperdício de dinheiro, é um desperdício de oportunidade.