O Cade aprovou a aquisição da Linx pela Stone nesta quarta-feira, 16. De acordo com anúncio feito pelo regulador, o tribunal do Conselho deu o aval “em definitivo e sem restrições” por entender que a compra não apresenta preocupações concorrenciais, ante ação aberta por ato de concentração (de mercado) na operação no começo deste ano.

O órgão de defesa econômica tinha até julho deste ano para julgar o pedido que foi apresentado por Adyen do Brasil, Banco Safra e Cielo, empresas habilitadas como terceiras interessadas no ato de concentração.

Importante dizer, a Superintendência do Cade aprovou em março deste ano a operação, mas na sequência os rivais entraram com a ação junto ao Conselho. O pedido foi por meio da relatoria do conselheiro Sérgio Ravagnani.

Da aquisição

A Stone fez uma proposta pela Linx de aproximadamente R$ 5,5 bilhões em agosto de 2020. Inicialmente, a Totvs também estava interessada em comprar a empresa, que é listada na Bolsa de Nova Iorque e na B3. Porém, os acionistas da Linx aprovaram a venda pela Stone por R$ 6,7 bilhões em outubro do ano passado, com 55% votos a favor e 20% contra.

Na época da primeira proposta, a adquirente citou como sinergia com a empresa de software ofertar soluções de pagamento para os 70 mil clientes da Linx, além de: ampliar a oferta de softwares financeiros para PMEs e dar aos comerciantes ferramentas para adaptarem suas atividades rumo ao omnichannel, com soluções capazes de integrar o comércio físico com o digital.

Independentes por ora, Linx e Stone seguem com apetite no mercado. A empresa de software comprou recentemente a Mercadapp por R$ 7 milhões. Por sua vez, a adquirente comprou 5% do banco Inter por R$ 2,5 bilhões e angariou US$ 500 milhões em notas de crédito.