(crédito: Facily)

A Facily (Android, iOS) quer expandir o projeto que permite aos consumidores comprar frutas, legumes e vegetais (FLV) diretamente dos produtores rurais. Lançado nesta semana, o Agroeco começou com a Cooperativa Agrícola de Quatinga e Região (CAQ) em Mogi das Cruzes, cidade na região da Grande São Paulo.

Em complemento ao lançamento feito na quarta-feira, 14, a companhia confirmou ao Mobile Time que tem como prioridade expandir a nova vertical de seu app dentro do Cinturão Verde de São Paulo, a região de produção de frutas e hortaliças na Grande São Paulo e, depois, crescer em outras zonas rurais. Porém, não estipulou uma cronograma.

Outro detalhe confirmado pela companhia é que o Agroeco tem comissão mínima de R$ 1,50 ou taxa de 25% por pedido, exclusiva ao seller, como explicou a empresa. Por sua vez, o repasse ao consumidor “não tem taxa e nem frete”.

Intermediário

A Facily esclareceu por meio de sua assessoria de imprensa que a ideia do projeto não é eliminar o intermediário, pois o tradicional agente de negócios tem uma forte importância no “escoamento de produção” rural. Mas lembrou que “alguns intermediários praticam preços muito diferentes” daquele aplicado pelo produtor. “Como resultado, o produtor acaba recebendo menos e o intermediário acaba ganhando a maior parte”, disse a companhia em resposta por e-mail ao Mobile Time.  Com o Agroeco é diferente. “A Facily compra direto dos produtores, mas quando tem um intermédio, trabalhamos para garantir que o intermediário pratique um preço justo, seguindo os princípios dos circuitos curtos de comercialização, uma prática sustentável no mercado de distribuição de alimentos. Além disso, ajudamos o produtor na precificação dos alimentos, cumprindo com o nosso propósito de pagar melhor para quem produz e vender mais barato para quem precisa”, relatou.

Modelo de negócios

Com o projeto do Agroeco, a empresa de social commerce estima que um produtor pode ganhar de 20% a 30% a mais vendendo na Facily. Já o consumidor pode “economizar entre 40% a 45%, em comparação aos grandes atacadões” em produtos como alface, laranja e agrião. Em outros insumos como batata, cebola, ovos, banana, a economia pode chegar a 80%.

“O modelo desse negócio é levar alimentos de qualidade, orgânicos e da agricultura familiar direto da roça ao consumidor, remunerando de forma justa o produtor e garantindo um preço justo ao consumidor. Priorizamos produtos locais e sazonais, valorizando e estimulando a economia justa e solidária”, completou a firma na troca de e-mails. “Além disso, são feitas parcerias e desenvolvemos soluções aos principais gargalos atuais desse mercado como: logística, acesso a crédito, inserção no mercado digital, precificação e pagamento por serviços ambientais”, concluiu.