O WhatsApp Pay no Brasil deve ser liberado para operar “em breve” e vai começar com transferências entre pessoas físicas (P2P), para só depois permitir pagamentos para estabelecimentos comerciais (P2M), disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante coletiva online sobre o lançamento do Pix, nesta segunda-feira, 16.

O executivo revelou também que há conversas em andamento com o Google. Por sinal, o site do BC informa que há um pedido em análise por parte da empresa para autorização de uma conta de pagamento pré-paga no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

“Estimulamos todo e qualquer tipo de meio de pagamento dentro de arcabouço regulatório e desde que seja competitivo. Estamos conversando com Google e outras big techs, não é só o WhatsApp”, disse Campos Neto.

Análise

Quando o pagamento por WhatsApp foi anunciado, em junho, estava previsto que funcionaria tanto para transferências P2P quanto para pagamentos a pequenas e médias empresas presentes no WhatsApp Business – mas ainda não para grandes empresas, que usam a API do WhatsApp Business. O pagamento por WhatsApp será feito com cartões de crédito ou de débito, com processamento feito pela Cielo. Em transferências para pessoas físicas, provavelmente será necessário que o recebedor tenha uma conta digital na Cielo. A princípio havia sido comunicado que não haveria cobrança de taxa para transações P2P, somente quando feitas para estabelecimentos comerciais (3,99%, neste caso).

Vale lembrar também que a Cielo está homologada para operar com o Pix. Portanto, uma das possibilidades para o WhatsApp Pay no P2P seria se integrar ao serviço de pagamentos instantâneos através da Cielo.