| Publicada originalmente no Teletime | Compradoras dos ativos móveis da Oi em operação finalizada em abril do ano passado, TIMClaro Vivo desativaram cerca de 13 milhões de linhas móveis oriundas da operação ao longo de 2022 – ou 31% do total de chips da antiga rival.

Os números foram divulgados de forma individual pelas três operadoras durante a temporada de balanço do consolidado e do quarto trimestre do ano passado. Veja mais informações no quadro abaixo:

Linhas desativadas até dez/22Linhas adquiridas da Oi Móvel
TIM5,1 milhões16,4 milhões
Claro4,5 milhões12,9 milhões
Vivo3,4 milhões12,5 milhões
Total13 milhões41,8 milhões

Fonte: Balanços e teleconferências de resultados das empresas

No caso da TIM, foram desconectados 5,1 milhões das 16,4 milhões de linhas oriundas da Oi – ou quase um terço da base (31%) considerada inativa do ponto de vista de receita e tráfego. A empresa foi a compradora que recebeu a maior parte dos quase 42 milhões de chips da Oi.

A Claro, por sua vez, desativou 4,5 milhões de linhas inativas ao longo do ano passado. Considerando que a empresa levou cerca de 12,9 milhões de chips móveis na operação, a limpeza representou mais de um terço (34%) do universo de novos clientes.

Já a Vivo atualizou para 3,4 milhões o número de clientes desconectados (em outubro, a operadora já havia divulgado uma parcial da limpeza). Diante dos 12,5 milhões de chips a que a empresa tinha direito, a desativação representou 27%, na menor proporção entre as compradoras. Vale notar que cada operadora tem sua própria política de desligamento.

CEO da TIM, Alberto Griselli afirmou na semana passada que “se podia imaginar” que a base de clientes da Oi Móvel estaria inflada, considerando a forte curva de adições da antiga concorrente em momento no qual o mercado móvel crescia em ritmo distinto. “No final das contas, isso se materializou, mas não impacta o que está por trás da compra da Oi, que gera sinergias infraestruturais muito grandes”, afirmou.

Ainda assim, o desencontro no número de linhas é um dos elementos do processo de arbitragem para ajuste de preço pedido pelo trio à vendedora dos ativos. No todo, TIM, Claro e Vivo apontam uma desavença de R$ 3 bilhões no valor total da aquisição da Oi Móvel, originalmente de R$ 16,5 bilhões.