O presidente da Caixa, Pedro Guimarães durante live nesta sexta-feira, 17

Na segunda semana do pagamento do FGTS (no início de julho), a Caixa sentiu um aumento significativo de movimentação no aplicativo Caixa Tem, que causou instabilidade por conta de mais esse pagamento a ser realizado via app. Nesse mesmo período, o banco identificou também contas de pessoas que recebiam o Auxílio Emergencial sem atender o requesitos para receber o dinheiro, e bloqueou uma série delas. A suspeita de fraude acabou bloqueando também outras contas e o aplicativo passou por um período de instabilidade.

De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, parte do problema identificado no aplicativo Caixa Tem é em decorrência da reação do banco a essas contas fraudulentas. “Algumas (contas) foram identificadas como de hackers e outras bloqueadas foram analisadas e não foram encontrados problemas. Estas foram liberadas”, explicou.

O presidente do banco explicou em coletiva transmitida ao vivo no YouTube e no Facebook da Caixa, nesta sexta-feira, 17, que ele e alguns vice-presidentes da Caixa iriam dali para uma reunião na Polícia Federal. “Não posso falar muito, mas teremos novidades. Seremos extremamente firmes porque roubar o dinheiro do pobre, num momento de pandemia… há poucas coisas que são mais graves que isso. A Caixa vai às últimas consequências em relação a isso. O pessoal não queria que eu falasse, mas a gente já invadiu alguns grupos de WhatsApp de hackers e a gente já sabe de bastante coisa. E vamos passar para a Polícia Federal”.

Os números de contas fraudulentas não foram divulgados. “É um percentual muito pequeno, mas dentro do volume que nós estamos pagando não deixa de ser significativo”, completou Guimarães.

Números

O app do Auxílio Emergencial (Android, iOS) foi baixado por 106,3 milhões de pessoas. E o Caixa Tem (Android, iOS) registrou 170,5 milhões de downloads.

Ao todo, o banco pagou mais de R$ 121 bilhões para 65,2 milhões de pessoas.