84% dos batimentos cardíacos irregulares (fibrilação atrial, em termos médicos) detectados pelo Apple Watch e pelo app Saúde (iOS) foram confirmados mais tarde como sendo decorrência de uma cardiopatia dos usuários. Os dados foram divulgados no último sábado, 16, durante o congresso da American College of Cardiology, em Nova Orleans, Louisiana.

O estudo foi realizado com usuários dos Estados Unidos dos Apple Watches séries 1, 2 ou 3 e com idade superior a 22 anos. Ao todo, 419 mil pessoas que participaram voluntariamente da pesquisa, e 0,5% (próximo de 2,1 mil) receberam notificação de irregularidade no pulso. Isso ocorre quando o sensor do relógio detecta de cinco a seis episódios de irregularidades no pulso em um período de 48 horas.

Os usuários que tiveram a notificação de irregularidade cardíaca receberam notificações push para falar com os médicos que fizeram o estudo para tratar de sua condição cardíaca. Desses, 1,1 mil entraram em contato, 658 receberam um medidor de eletrocardiograma para usar por uma semana, e 450 ficaram sob análise.

Um terço das pessoas com o medidor confirmaram que tinham fibrilação arterial. Ao comparar o medidor cardíaco do Apple Watch com o eletrocardiograma, feito com 450 pessoas que usaram os dois dispositivos ao mesmo tempo, os pesquisadores descobriram que 84% dos batimentos cardíacos irregulares foram confirmadas pela equipamento médico como fibrilação atrial.

De acordo com o professor associado em medicina cardiovascular de Stanford, e um dos principais líderes do estudo Apple Watch Heart, Mintu Turakhia, o estudo ajuda a melhorar o entendimento de como a tecnologia wearable e o app de saúde trabalham para entender condições no mundo real e como essas soluções conseguem detectar longos períodos de batimentos irregulares.