Foram feitos R$ 144 bilhões em investimentos com a Lei do Bem (11.196/2005) entre 2014 e 2022. Em oito anos, somaram-se R$ 31 bilhões em renúncia fiscal. Esses dados foram levantados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e foram apresentados no evento do FI Group, realizado em São Paulo, nesta quinta-feira, 18.

No entanto, o diretor de negócios do FI Group, Rafael Costa, afirma, em conversa com Mobile Time, que ainda há muitas empresas que não aproveitam os benefícios da lei por falta de conhecimento, de incertezas jurídicas ou por falta de governança de tecnologia ou de inovação. “E existem empresas que usam, mas usam 100% através de um prisma totalmente tributário, que buscam estratégias e meios de pagar menos impostos e usam a Lei do Bem sempre de modo pontual”, acrescenta.

O objetivo da empresa é levar oportunidades de fomentar a inovação para as empresas. “O nosso trabalho consiste em identificar dentro da empresa o que ela faz, o que ela gostaria de fazer do ponto de vista da inovação, e mostrar que existem oportunidades de financiar ou diminuir o risco financeiro dessa inovação e que a Lei do Bem é uma delas”, explica Costa.

Ao todo, são 104.955 projetos realizados e, em 2022, foram 3,5 mil empresas participantes. A Lei do Bem, segundo o executivo, gera uma cultura de inovação, promove a contratação de mais pessoas e cria uma oportunidade de desenvolver projetos que a empresa, de repente, não priorizaria se não tivesse um incentivo. Por isso, “a despeito do benefício tributário, [a lei também] promove outros resultados além do ganho tributário”.