Loovi

Quézide Cunha, CEO da Loovi. Foto: divulgação

Loovi (Android, iOS) é uma empresa que oferece proteção para carros contra roubo e furto, além de ter rastreamento de veículo. Sua tecnologia se serve de big data e machine learning e, caso a empresa não consiga recuperar o carro em até 30 dias, ela oferece 100% da tabela FIPE até o valor de R$ 60 mil pelo automóvel. Atualmente renovada e pronta para escalar a partir de integrações com Salesforce e SAP, a empresa está aberta a novos clientes. Sua expectativa é alcançar 100 mil carros em 15 meses. E, em cinco anos, planeja chegar a 1 milhão de veículos em sua base.

Mas nem tudo foram flores ao longo do caminho da Loovi. Três meses depois do lançamento do MVP precisou frear o crescimento. Nesse curto espaço de tempo, chegou a mais de 3 mil clientes, mas, se continuasse, seu sucesso seria causador de sua derrota. A empresa estava utilizando 12 softwares de terceiros para assessoá-la e isso quebraria a startup.

“A gente se deu conta de que nosso negócio passou a ser dados. E, para isso, precisávamos ter um sistema muito forte de suporte ao backoffice”, explica Quézide Cunha, CEO da Loovi, em conversa com Mobile Time. A empresa precisava estar em compliance com a coleta de dados, a gestão contábil e a gestão do contrato do cliente. “Vimos que precisaríamos parar a empresa para organizar tudo. Foi um sucesso meteórico que nos trouxe felicidade e tristeza ao mesmo tempo”, afirma Cunha.

Os clientes continuaram utilizando os serviços da Loovi e alguns até entraram por conta da promoção que dá desconto permanente aos clientes que indicam pessoas para usarem a plataforma. Fora isso, ninguém mais era aceito. Depois de um ano, fez integração com a plataforma Salesforce e com o backend da SAP (SAP Business One) para substituir os 12 softwares que antes eram usados, como sistemas de ERP e CRM. A integração também foi feita com o aplicativo, totalmente remodelado.

Neste momento, o desafio foi integrar os novos sistemas com as aplicações já utilizadas e que envolvia faturamento, recorrência de cartão de crédito, gestão de gateway de pagamentos, emissão de nota fiscal, entrega do hardware a ser instalado no veículo, coleta de vendas feitas no site e aplicativo mobile, gestão de ocorrências, marketing, entre outras tarefas.

Mas para esse trabalho a equipe de desenvolvedores da Loovi levaria mais de um ano e meio para completar toda a integração, o que impediria de escalar o negócio. Por isso, a empresa optou por buscar uma solução no mercado e a plataforma escolhida foi a Magic xpi.

“As integrações foram um divisor de águas na empresa. Deixamos de ser uma startup para nos tornarmos a empresa que sonhávamos”, resume o CEO.

O dispositivo

O serviço oferece monitoramento em tempo real do automóvel particular ou de motoristas profissionais através do dispositivo OBD plug&play. O  aparelho telemétrico tem a função de transmitir as informações sobre funcionamento e diagnóstico eletrônico e mecânico do veículo, além de dar a localização do carro. Um chip de dados faz a transmissão dos dados coletadas para uma central de controle da Loovi. O serviço também emite informações e alertas sobre emissão de CO2, panes e avarias no sistema automotor, além de oferecer os logs das viagens realizadas. E todo o mês o usuário recebe um relatório sobre o veículo.

Outro MVP

A Loovi começou recentemente a experimentar um novo MVP. Dessa vez, um modelo com representantes de venda, em especial para ser usado em regiões do norte e nordeste, onde a figura do vendedor de seguros ainda é forte, segundo Cunha. Atualmente, o piloto conta com 20 vendedores que terão acesso à plataforma. A ideia é chegar a 200 pessoas, mas sem uma meta definida de prazo. “Temos muitos leeds, mas a gente não dá vazão para responder a todos. E mesmo que seja tudo online, muitas vezes o cliente quer tirar dúvidas com uma pessoa. Por isso a figura do representante”, explica Cunha.