A PaySmart, uma provedora de soluções para o mercado de pagamentos, está procurando desenvolver um conceito de omnichannel para as finanças, assim como acontece no varejo. De acordo com o Daniel Nunes de Oliveira, CEO da companhia, a ideia é que emissores e adquirentes ofereçam múltiplas opções de pagamentos para o cliente final.

“Esse cenário – de meios de pagamentos –  é difícil de prever. Por isso, acreditamos no omnichannel. Vai ter gente que prefere pagar no cartão, no celular, na pulseira. O legal é darmos o poder de escolha ao usuário”, diz Nunes de Oliveira. “Se o emissor tiver que emitir vários dispositivos, vai complicar. Ele geralmente vai concentrar em um e trabalhar com outros. E é aí que entramos”.

O trabalho da PaySmart permite aos emissores criarem cartões contactless, pulseiras de pagamento e cartões virtuais em aplicativos. A integração tem tokenização por trás e é feita por meio de APIs. Qualquer modalidade de cartão pode ser feita pela provedora: crédito, débito, pré-pago e benefícios. Além disso, a PaySmart atua como interface de open banking para seus clientes.

Produção

Durante o Ciab Febraban 2019, a PaySmart apresentou uma solução para emissão de cartões pré-pagos na hora. Junto com Gemalto, Saque e Pague, Elo e eWally, esse produto possui uma impressora de cartões que pode ser adicionada a um ATM para imprimir instantaneamente as tarjetas.

Funciona da seguinte forma: preenchimento das informações do usuário e estão do cartão são feitos pelo app da eWally; o contactless é da Gemalto; a bandeira do cartão é a Elo, que teve seus primeiros cartões sem contato no evento; e o caixa que imprime a tarjeta é da Saque e Pague.

Modelo de negócios e próximas etapas

Em seu modelo de negócios, a companhia atua com uma mensalidade, que é cobrada a partir dos cartões ativos na plataforma. Neste formato, a PaySmart cresce em média 30% ao ano e tem uma média de 80% dos clientes com recorrência. Nunes de Oliveira ressalta que há espaço para crescer com empresas de setores fora das finanças (varejistas e super-apps, por exemplo).

Para o futuro da plataforma, o executivo vê a utilização de QR Code como algo complementar aos seus produtos. Contudo, acredita em um papel de mais relevância em pagamentos de pessoa para pessoa (P2P): “Temos algumas iniciativas nesse sentido. Acreditamos que quando vamos fazer a transferência entre duas pessoas, o mecanismo vai variar. Pode ser cartão e um celular, ou dois celulares. Hoje temos componentes para gerenciar as transações de troca de forma segura. Nós temos uma solução para enviar link de pagamento por app de mensageria”.