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Os 320 provedores de Internet reunidos na Iniciativa 5G Brasil, consórcio que pretende participar do leilão de quinta geração, têm alguns pleitos de mudanças no edital para terem mais segurança para concorrerem. Um deles é a combinação das faixas de 700 MHz e 3,5 GHz. Os provedores entendem que só faz sentido montar uma rede 5G se conseguirem blocos nessas duas faixas, pois a de 700 MHz garante cobertura e a de 3,5 GHz, alta velocidade. Mas do jeito como está desenhado o leilão, com a entrega simultânea dos envelopes fechados, o consórcio corre o risco de ganhar em uma faixa e perder em outra.

“Uma faixa sem a outra não faz qualquer sentido, deixa a operação manca. Implementar 3,5 GHz sem 700 MHz é inviável economicamente. E implementar 700 MHz sem ter condições de dar pacote de tráfego de dados relevante também não vale a pena”, explica Rudinei Carlos Gerhart, diretor executivo do consórcio, em conversa com Mobile Time

Outra demanda do grupo é que haja flexibilidade no cumprimento das obrigações de cobertura, de forma que os provedores possam começar pelo interior, onde já possuem rede, para depois chegarem às cidades grandes.

Por fim, a Iniciativa 5G Brasil quer que a Anatel imponha o roaming obrigatório em todo o País. Desta forma, ficaria garantido o acesso dos assinantes 5G dos provedores quando viajassem para as grandes cidades, onde a cobertura própria da rede Iniciativa Brasil 5G chegaria mais tarde. O roaming compulsório para dentro da mesma região de cobertura não está previsto no edital. 

O consórcio dos provedores enviou nesta quarta-feira, 18, uma RFQ e uma RFI para 10 fornecedores de rede e mantém conversas com fundos de investimento para alavancar capital para a participação no leilão.