Wagner Martin, vice-presidente da Veritran (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

O vice-presidente da Veritran no Brasil, Wagner Martin, acredita que o potencial do open finance no Brasil não está em sua plena forma devido à pouca maturidade das soluções de inteligência artificial para analisar os dados recebidos. O executivo participou do seminário MobiFinance, evento organizado pelo Mobile Time nesta terça-feira, 18.

“A IA não avançou ainda o suficiente para entender o cliente e devolver a melhor oferta de forma adequada”, disse o VP da Veritran. Na visão de Martin, este é um problema específico do Brasil e acontece bastante pela falta de profissionais dedicados à inteligência artificial. De acordo com o especialista, esse problema ainda não é percebido pelas instituições no ecossistema do sistema financeiro aberto, mas ficará mais claro em breve, com o avanço da regulação do open finance.

Em outro painel do evento, Juliana Assad, CTO da Superdigital, explicou que o Brasil sente a falta de profissionais de IA e de TIC “mais que todo mundo” e que, atualmente, é difícil reter e recrutar talentos nessas áreas. Ela entende que o setor pode reduzir esse problema adotando técnicas com pouca ou nenhuma codificação.

“O Brasil é cada vez mais um celeiro de tecnologia. Mas precisamos de políticas governamentais de apoio (ao capital humano). Temos que cada vez mais olhar para a capacitação. Acho que devia ser uma agenda do País”, disse a executiva. “Mas, ao mesmo tempo, temos que depender cada vez menos do capital humano e avançar com low-code e no-code”, completou.