Intercel

A operadora do banco Inter, Intercel, parou de comercializar novos planos desde janeiro deste ano. Mas, segundo Rodrigo Gouveia, CEO do Inter Shop, voltará a operar na metade de 2021. Em conversa com Mobile Time, o executivo disse que a fintech precisou preterir o desenvolvimento de oferta de serviços (incluindo operadora) ante o e-commerce da plataforma.

Criada em 2020, a Intercel começou sua operação em parceria com a Surf Telecom. Mas o banco Inter decidiu mudar o rumo e conectar-se direto a uma das grandes operadoras do País, a Vivo: “Somos oficialmente uma MVNO (operadora móvel virtual, na sigla em inglês) agora registrada na Anatel. Estamos plugados direto com a operadora Vivo. Vamos ter espaço compartilhado de atendimento com eles, mas o primeiro nível (comércio) é conosco”, completou.

Além da mudança para a rede diretamente ligada à Vivo, o Inter se dedicou ao e-commerce, que teve uma importância bastante significativa até então. Com ele estabilizado, a empresa volta seu olhar para o segmento de serviços, com o recente lançamento da opção de entrega – essa em parceria com o Delivery Center: “A nossa intenção inicial era nos dedicarmos aos serviços, mas o e-commerce acabou tendo um foco grande. Agora, voltamos a nos concentrar nele. Uma compra de um bem durável não tem a mesma recorrência que um serviço, onde temos visto crescimento em segmentos como viagens, combustível, delivery e operadora”, disse Gouveia.

Outra estratégia revelada pelo CEO do Inter Shop é o desenvolvimento de uma versão de seu aplicativo para não correntistas, o que deve tornar a empresa em provedor de serviços completos O2O, com e-commerce, delivery e diversos tipos de serviços. Com isso, a fintech busca alavancar a oferta de sua operadora no País.

“Em breve teremos um app para não correntistas. O usuário entrará normalmente, com login e senha, mas não precisa de conta. Nisso, a Intercel passa a ser realidade. O nosso modelo é escalável. É o que vamos investir com mais força”, disse.