Mais do que apenas aguardar a chegada da tecnologia 5G ao Brasil, é preciso ensinar a população a melhor forma de usá-la. “Se as pessoas não estiverem preparadas para o 5G, serão apenas consumidoras e não usuárias”, afirmou Paulo Alvim, secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), durante live promovida por Dell Technologies, para debater “Cidades e Sociedade Conectadas na Era 5G”, nesta quarta-feira, 19.

Alvim afirmou que a verdadeira inclusão digital se dá a partir de uma população preparada, e não somente com a simples oferta de tecnologia. Esta formação seria o grande desafio do Brasil, segundo ele. “Nossa população é analfabeta digital. Investir nesta capacitação é um desafio, um movimento de toda a sociedade, que deve envolver parcerias público-privadas”, disse.

Ao falar sobre o interesse do MCTI no OpenRAN, Alvim voltou a mencionar que, em primeiro lugar, existe a necessidade de capital humano e de recursos humanos capacitados, ou seja: trabalhadores qualificados. “Estamos falando de profissionais desde o nível técnico até superior, para atuar em agricultura de precisão, por exemplo. Isso envolve o ensino fundamental, médio, superior, preparação de pesquisadores, num processo de transversalidade do conhecimento”, explicou.

O secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, também mencionou a necessidade de qualificação profissional no que diz respeito ao OpenRAN. Ele afirmou que o ministério tem mecanismos de financiamento para o OpenRAN, uma vez que traz a possibilidade de aumentar competitividade e reduzir os preços pelo potencial de inovação. “Está no nosso radar, entretanto temos a necessidade de capital humano. Precisamos de gente qualificada”.