A Positivo Tecnologia está avançando em sua oferta de tablets para a faixa de preço intermediária com o recente lançamento do tablet Vaio, marca conhecida na década passada pelos PCs da Sony, que depois foi desmembrada em uma reestruturação da gigante japonesa – a Positivo tem o direito de uso da marca.

Em conversa recente com Mobile Time, Norberto Maraschin, vice-presidente de negócios de consumo e mobilidade na fabricante brasileira, explicou que a ideia é posicionar o tablet Vaio acima das atuais marcas da companhia, como Twist e Q. Contudo, Twist, Kids e Q não serão abandonados. O VP da Positivo confirmou que os tablets também devem receber melhorias em suas próximas gerações, como o dobro de memória, mas o preço deve continuar o mesmo, abaixo de R$ 1,5 mil.

Dentro do portfólio, Maraschin afirmou ainda que haverá “mais evoluções” da marca Vaio em tablets. Até então, Vaio era usada em PCs da Positivo.

Posicionamento

A Positivo se apruma para o mercado de tablets após vender nos últimos dois anos 2 milhões de dispositivos. Nesse meio tempo viu players como Nokia, Motorola e Xiaomi entrando nesta mesma fatia intermediária, em um movimento puxado pela busca de um produto melhor pelo consumidor durante a pandemia do novo coronavírus.

Maraschin detalhou que esse posicionamento de sua empresa surge pelo fato de que o consumidor notou uma falta de opções na gama de preço médio, uma vez que as peças variam entre os extremos, tablets premium (com uma fatia maior para Apple e Samsung) e a tablets de criança (fatia maior dominada pela Positivo).

“Analisamos o mercado e nós (Positivo) entendemos que existia a oportunidade de trazer tablets para clientes mais sofisticados”, disse o VP da Positivo. “Trabalhamos a ideia e convencemos os engenheiros da Vaio Japão a fazer esse projeto”, complementou, ao dizer que esse projeto durou mais de um ano e meio.

Estratégia

Norberto Maraschin Filho, vice-presidente de Negócios de Consumo e Mobilidade da Positivo Tecnologia (Divulgação: Positivo)

Segundo o VP de negócios e consumo da fabricante brasileira, as primeiras peças já esgotaram no varejo nacional. A companhia cogita ainda vender para o exterior, em países africanos, além de Argentina e Estados Unidos. O executivo afirma que, embora o tablet Vaio tenha sido desenvolvido para o público final (B2C), a ideia também é trabalhar sua venda para empresas (B2B) e governo (B2G). Lembra que o todo o mercado brasileiro de tablets vendeu 3,5 milhões de peças em 2022, sendo 1,5 milhão para B2C e 2 milhões para B2B e B2G.

Produto   

A companhia brasileira construiu em parceria com os engenheiros da marca japonesa, inspirado no design dos seus notebooks. A ideia do tablet Vaio é focar em três diferenciais do produtos:

  1. A produtividade, uma vez que vem com teclado de fábrica;
  2. A performance, com 8 GB de RAM, 128 GB de armazenamento (expansível para mais 1 TB com microSD) e chipset Unisoc octa-core;
  3. A qualidade, uma das partes mais demoradas do projeto, pois busca se aproximar dos produtos premium das rivais Samsung e Apple.

Outras características do device são: Android 13; tela de 10,4 polegadas em 2K; 7.000 mAh; conectividade Wi-Fi e LTE; além da câmera frontal de 5MP e traseira de 8MP. Oficialmente, o dispositivo está disponível por R$ 1,8 mil na loja da Vaio.