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O avanço de tecnologias de jogos, como cloud computing atrelado ao 5G, mostra que as operadoras brasileiras precisam oferecer pacotes de dados para usuários de games. O tema foi discutido por Marcus Bulhões, gerente geral da AWG no Cone Sul, durante sua participação no MEF Connects Latam, nesta quinta-feira, 19.

“É muito importante as operadoras terem a sensibilidade de preparar pacotes de dados dedicados para games. Hoje tem para filmes e música, mas não tem para games”, diz o executivo. “Acredito que a operadora pode fazer uma solução gaming premium (serviço e conectividade) para o usuário final. Com um pacote de dados relevante”, completa.

O gerente avalia que o “cloud gaming já é uma realidade hoje” e se trata de uma “oportunidade de negócios”. Lembrou que o relatório da Ericsson do começo do ano revela que, dos 106 provedores de serviço que lançaram oferta 5G, 22 anunciaram serviço de cloud gaming: “Ou seja, é uma solução (de negócio) em países que já lançaram 5G”, ressaltou, ao lembrar que Google, Amazon, Microsoft e Apple já oferecem esse tipo de solução.

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Bulhões citando as perspectivas do futuro com dados da Newzoo

Dependência do 5G

Bulhões falou sobre o começo do cloud computing no Brasil. Em sua visão, a tecnologia avançará em breve no País, mas depende de resolver três barreiras para ganhar tração: o data cap de Internet; dispositivos móveis com 5G; e a bateria com longa duração no handset.

“Um dos desafios é a Internet lenta. O cloud gaming não é indicado para a rede 4G. Para (Internet) a cabo, dá para usar. No 4G tem data cap. Nós conseguimos resolver a questão de mobilidade substituindo o 4G pelo 5G. Mas é importante o 5G trazer essa mobilidade. E os fabricantes podem resolver a questão da bateria e dos dispositivos”, disse.

“Para o consumidor, o investimento para o console e PC Gamer hoje é muito alto. De R$ 3 mil a R$ 15 mil. O cloud gaming reduz essa barreira. Você substitui no hardware esse custo, e o consumidor vai jogar em qualquer tela, qualquer celular pode rodar o jogo”, afirmou. “Podemos alcançar classes C, D e E com serviço de assinatura. Teremos jogos casuais, jogos premiums e retrô. É a democratização dos jogos premium”, concluiu.