O serviço de disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp é oferecido abertamente na Internet por diversas empresas não autorizadas pela plataforma de mensageria. Uma simples busca no Google revela várias delas, inclusive com links patrocinados. Os preços chegam a ser 75% mais baratos que aqueles cobrados pelos players autorizados. Porém, não há garantia nenhuma da entrega das mensagens, o que pode levar algumas horas ou até mais de um dia. Foi o que constatou João Ribeiro, sócio-fundador da M2U, empresa de mobile marketing. Ele investigou nas últimas semanas esse universo de marketing por WhatsApp e compartilhou com Mobile Time seus achados.

“Tem empresa que cobra uma assinatura mensal para fazer um determinado número de disparos. Outras cobram por mensagem e o preço cai conforme o volume, chegando a 7 centavos de Real no envio de 100 mil mensagens”, relata Ribeiro. Os preços são mais caros que aqueles do SMS corporativo, porém, mais baratos que do WhatsApp com parceiros oficiais. Em geral não há distinção se a mensagem for somente de texto ou se contiver um vídeo. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito.

Segundo Ribeiro, essas empresas usam serviços internacionais para a geração de números móveis aleatórios. São eles que servem de remetentes para as mensagens. Para quem contrata o disparo há sempre o risco de os números serem bloqueados e as mensagens não serem entregues, ou demorarem demais. “No serviço mais rápido que testei, a mensagem veio em duas horas. No mais demorado, levou mais de 24 horas para chegar”, conta o executivo.

Em pelo menos uma das empresas testadas havia ainda a oferta de venda de mailing, com segmentação por clusters.

Por fim, é possível também construir um disparador clandestino a baixo custo a partir de softwares vendidos livremente na Internet. “Está pior do que na época do SMS pirata”, conclui Ribeiro, que é um executivo experiente no setor de mensageria móvel no Brasil.