open banking; Itaú Unibanco; MobiFinance

Apesar de o cronograma ousado do Banco Central em implementar o open banking, os bancos que já estão operando as fases 1 e 2 do novo sistema bancário estão cautelosos com este início. O assunto voltou à mesa durante o primeiro dia do MobiFinance, seminário de negócios sobre serviços financeiros e pagamentos móveis, mobile banking e m-commerce no Brasil, nesta terça-feira, 19. O Itaú Unibanco, por exemplo, trabalha, atualmente, com público controlado. A ideia é garantir o serviço operando em segurança. Já o Banco do Brasil sabe que os early adopters estão ansiosos com a novidade, mas entende que o ecossistema ainda está em fase de construção e, por isso, todo o cuidado é pouco. As duas instituições não abrem números, mas dizem estar na casa de milhares de chamadas de APIs no acumulado, ou seja, desde o início do open banking, o que, apesar de uma estimativa, trata-se de números ainda modestos.

“Mas isso é proposital. Queremos primeiro garantir o serviço. Somos cautelosos e trabalhando com um público controlado. Uma vez com confiança, a gente passa a escalar numa velocidade maior”, explicou Ivo Mósca, superintendente de open finance e pagamentos instantâneos do Itaú Unibanco.

Segundo o superintendente, a estratégia é preparar a casa neste ano de modo a garantir a assertividade, acelerar e escalar as ofertas de produtos e serviços em 2022.

MobiFinance; Banco do Brasil

De acordo com Karen Machado, gerente de open banking do Banco do Brasil, há ainda um longo roadmap a ser percorrido, ainda em fase anterior aos casos de uso. A gerente sabe da vontade de os early adopters em querer experimentar o open banking, mas prefere segurar mais um pouco para garantir qualidade nos serviços. “Embora estejamos no início, a gente já vê curiosos querendo experimentar as infinitas possibilidades do open banking. Mas ainda temos desafios para que as trocas de dados sejam eficientes. Não está no momento de trazer casos de uso”, contou.