A Huawei afirmou que o Brasil teve uma posição positiva sobre o destino das novas faixas para o Wi-Fi na Conferência Mundial de Radiocomunicadores (WRC-23) em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Em nota à imprensa, o diretor de relações governamentais e assuntos regulatórios da fornecedora, Carlos Lauria, afirmou que a decisão da divisão da faixa de 6 GHz entre Wi-Fi (não-licenciado) e 5G (IMT) mantém o País no ecossistema global.

Vale lembrar, o Brasil costurou na madrugada do último dia 12 de dezembro uma nota de rodapé ao documento final do evento dividindo a faixa de 6 GHz em dois blocos: 700 MHz para IMT e 500 MHz para não-licenciado. Trata-se de uma mudança de posicionamento do País, já que a Anatel havia destinado toda a faixa de 6 GHz para o Wi-Fi.

As discussões foram capitaneadas pelo presidente da Anatel e da delegação brasileira, Carlos Baigorri. A Huawei também estava presente e ativa nas discussões durante a conferência, que terminou no último dia 15 de dezembro.

Para Lauria, a visão do governo brasileiro traz harmonia em relação à tendência de divisão de bandas no mundo e permitirá que os equipamentos sejam simples e baratos no 5G, 5,5 G (Advanced) e 6G.

No final de novembro, a Huawei havia sinalizado a defesa pela divisão do bloco de 6 GHz. Na época, vice-presidente de relações públicas da empresa na América Latina e Caribe, Atilio Rulli, disse que a fornecedora caminharia para uma “visão democrática”, uma vez que países da região 1 da UIT (majoritariamente da Europa) e China haviam decidido pelas duas faixas.

Rulli afirmou ainda que mesmo com a divisão da faixa o Wi-Fi “nunca teve tanta banda em uma única frequência”.