A Skeelo (Android, iOS) segue com o processo de modernização da Skoob (Android, iOS), a rede social para o nicho literário que adquiriu ano passado junto à varejista Americanas. Durante o MobiXD 2025, evento organizado por Mobile Time nesta terça-feira, 20, Rafael Lunes, vice-presidente executivo da companhia, afirmou que atualizar a plataforma é prioridade para deixá-la em pé de igualdade com o marketplace de livros digitais.
Uma próxima etapa que também está no radar da companhia é lançar uma versão web responsiva do Skoob para atender a sua base de 11 milhões de usuários cadastrados e que colaboraram com 9 milhões de resenhas de livros até então. Essa necessidade ocorre devido a uma defasagem técnica e falta de investimento na plataforma durante o período que estava sob comando de sua antiga dona.
Atualmente com 1,3 milhão de usuários ativos por mês (MAUs), Lunes afirmou que a rede social tem colaborado para novas instalações da plataforma de livros digitais. Em outubro de 2024, quando fizeram uma campanha temática de Halloween, o Skoob foi responsável por 66% dos downloads da Skeelo.
Atualmente, a Skeelo tem em média 500 mil instalações por mês.
Skeelo e Skoob, a prudência
Com o foco em modernização da Skoob, Lunes descarta uma integração das duas plataformas no momento, apesar de estudarem o tema para que, futuramente, concentrem os gastos e esforços de marketing em um único produto.
“Existe o trabalho de produto e engenharia, mas estamos melhorando a experiência do Skoob e depois veremos alguma fusão entre as duas, como importar as resenhas do Skoob para dentro do Skeelo. Mas estamos tomando cuidado para não perder potencialidade”, disse o VP.
Com a mesma prudência, o executivo vê a possibilidade de monetização, como em parcerias com operadoras, o seu principal parceiro de distribuição e de ganhos de receita. Reforçou que o foco inicial do Skoob é alavancar o consumo da Skeelo. Embora reconheça a possibilidade de fazer essas parcerias, acredita que terá cautela e deverá servir primeiro o mercado editorial.
“Descobrimos que as editoras usavam o Skoob para pesquisa e cortesia entre seus títulos para definir a tiragem do livro. Isso tem um valor imenso para eles, pois a editora comparar seus títulos e ver qual tem mais chances de sucesso de uma publicação”, disse. “Sem executar bem, dispersa o foco. Quando estamos em uma cadeira de gestão, nós temos que falar os nãos”, concluiu.
Imagem principal: Rafael Lunes, vice-presidente da Skeelo (crédito: Galeria Marcos Mesquista/Mobile Time)