A pedido de MOBILE TIME, foi feito um levantamento pelo Kayak, serviço de comparação de preços de passagens aéreas e hotéis, para identificar as diferenças entre os usuários de Android e de iPhone no Brasil quando o assunto é viajar. A empresa mapeou quais foram os destinos de passagens aéreas e de hospedagem mais pesquisados pelos seus usuários brasileiros entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com o sistema operacional do seu smartphone (Android ou iOS), através de seu site e app móveis. Os resultados deixam claro que o usuário de Android tende mais ao turismo doméstico, enquanto aquele de iOS prefere viajar para o exterior.

Considerando os dez destinos mais pesquisados de passagens aéreas, São Paulo fica em primeiro lugar e o Rio de Janeiro em segundo, tanto entre usuários de Android quanto de iOS. As diferenças aparecem no resto da lista. No universo de usuários Android, aparecem apenas três cidades no exterior: Miami, Nova Iorque e Buenos Aires, na sexta, nona e décima posições, respectivamente. Enquanto isso, entre donos de iPhone, há cinco destinos internacionais: Miami, Nova Iorque, Orlando, Buenos Aires e Paris, na terceira, quarta, quinta, sétima e décima colocações, respectivamente. Veja abaixo o gráfico completo.

Na análise de pesquisas por hospedagem, a diferença também é nítida: aparecem cinco cidades do exterior na lista do top 10 em Android e sete no iPhone. Dessa vez o Rio de Janeiro lidera em Android, seguido por Los Angeles e São Paulo; enquanto entre usuários de iPhone o destino de hospedagem mais procurado é Nova Iorque, seguido de Rio de Janeiro e São Paulo.

Análise

Dado o alto preço do iPhone e a farta oferta de smartphones Android a preços populares, é compreensível que haja essa diferença de perfil entre os dois universos. Claro que há usuários com alto poder aquisitivo em Android, provavelmente portando modelos top de linha, como Galaxy S6 Edge, mas sua participação no total da base é muito menor que aquela no iOS. Consequentemente, isso se reflete nos hábitos de turismo. Com a alta do dólar este ano, a possibilidade de viajar ao exterior ficou ainda mais restrita às camadas da população com maior renda mensal.