O reconhecimento facial ainda está em fase embrionária como meio de pagamento no Brasil. As discussões abordam a padronização da solução e o custo de implementação. O tema foi debatido durante o MobiFinance, evento organizado por Mobile Time que abordou meios de pagamento nesta quarta-feira, 20.

“A gente vem discutindo no âmbito da Visa e um dos temas é a questão da padronização no ponto de venda e na experiência de compra”, comentou Percival Jatobá, vice-presidente de soluções e inovação da bandeira no Brasil. Ele destacou que em ATMs existe uma fragmentação no suo de diferentes biometrias digitais, mas essa mesma fragmentação no ponto de venda prejudicaria a experiência do consumidor.

O executivo acredita que é necessário haver uma discussão global sobre o tema para depois desenvolver um protocolo técnico. “Primeiro temos que entender o protocolo de comunicação de interface com o consumidor, mas cada empresa quer defender a tecnologia que parecer mais interessante”, disse Jatobá.

Júlio Gomes, vice-presidente de experiência do cliente da Cielo, lembrou do teste-piloto de pagamento por reconhecimento facial na Drogaria Iguatemi, no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, em parceria com a startup catarinense Payface. Durante 30 dias as empresas experimentaram o pagamento com reconhecimento facial. Depois do período, a expansão do piloto foi suspensa. “Não expandimos porque o custo era caro”, explicou o executivo da adquirente.