[Matéria atualizada em 21 de fevereiro, às 20h19, para adicionar informações sobre o app da Vivo] A receita do segmento móvel do quarto trimestre de 2023 da Vivo representou mais de 71% da receita total da empresa no período, chegando a R$ 9,64 bilhões. Ao todo companhia faturou R$ 13,54 bilhões no referido período.

A operadora destacou a melhora de dois KPIs principais de móvel que contribuíram para o aumento da receita: a redução do churn, que alcançou os níveis históricos mais baixos, chegando a 0,97% por mês; e o Arpu, que aumentou em 8% na comparação com 2022. Entre os motivos para o incremento do tíquete médio estão o ganho constante de relevância dos serviços pós-pagos e o aumento de penetração de serviços digitais na base de clientes.

Durante a apresentação dos resultados financeiros, nesta quarta-feira, 21, Christian Gebara, CEO da Vivo, atribuiu o bom momento do churn – que está diminuindo desde 2019 – a algumas estratégias: foco no cliente; oferta de produtos, mas também a combinação de mais serviços para o mesmo usuário; e na constante melhora da experiência do cliente na Vivo.

“Outro ponto é a inclusão de serviços de valor agregado (SVAs) que tornam tudo mais atraente; além de proporcionar a melhor experiência do cliente tanto nos canais físicos quanto nos digitais. Temos mais de 22 milhões usuários únicos que usam o aplicativo da Vivo – que, em média, usam 4,5 vezes por mês”, completou o executivo. De acordo com a empresa, são mais de 84 milhões de acessos por mês. As consultas mais realizadas são: consumo de dados, informações sobre suas assinaturas e benefícios do Vivo Valoriza. Já entre as funcionalidades mais utilizadas está o download da segunda via da fatura, seguido por compartilhamento de Internet e recarga.

Aumento de preços, incremento nas ofertas

Com o auxílio dos SVAs, inclusive, a Vivo vai aumentar os valores dos planos pós-pagos para uma parte de sua base de clientes ainda neste semestre e para a outra, no segundo. A ideia, assim como anunciou a TIM na semana passada, é aumentar de acordo com a inflação, mas, ao mesmo tempo, agregar serviços para incrementar a oferta e evitar o churn.

“Vamos fazer um aumento de preços com base na inflação. Mas queremos oferecer novos serviços, incluindo nos pacotes. No controle, temos pacotes de saúde, de educação, Globoplay – que aumentam o preço. A estratégia é adicionar mais serviços para a base de clientes em vez de simplesmente aumentar o preço com base na inflação”, afirmou o CEO da Vivo.

5G

Na operadora, mais de 30% dos clientes puramente pós-pagos possuem dispositivos 5G. A Vivo aposta que a demanda por rede móvel de quinta geração deverá impulsionar a empresa, uma vez que as vendas de dispositivos habilitados para a tecnologia representaram no quarto trimestre 89% de todos os smartphones vendidos pela Vivo. “Esperamos que esse ramp up continue em 2024 com cada vez mais clientes tendo acesso aos benefícios dessa tecnologia”, disse.

Casa inteligente

Outro ponto que Gebara destacou durante a apresentação dos resultados financeiros é o segmento de casas conectadas. A ideia, aqui, é vender Wi-Fi para diferentes propósitos, além de produtos relacionados.

“Estamos olhando para um conceito melhor de lares conectados ou smart homes. Então, além de vender a conectividade, estamos vendendo capacidade de Wi-Fi em diferentes cômodos. Isso também é uma demanda dos clientes e vamos além de conectar dispositivos para as pessoas que querem ter uma casa automatizada. Também estamos juntando OTTs de vídeo, que é algo que tem impacto positivo no nosso Arpu e na redução do churn. Podemos ter mais serviços para o mesmo cliente”, resumiu.