Surgida como uma empresa de tecnologia voltada para a produção de aplicativos corporativos e campanhas online para clientes de peso (como IG, WMcCann e Ford), a Maya vê no mundo dos games mobile um dos caminhos para evoluir no disputado mercado global de tecnologias móveis. Capitalizando o sucesso de seu jogo Legendary Heroes, que superou recentemente a marca de um milhão de downloads, a empresa vê os jogos próprios serem responsáveis por uma fatia de 18% de suas receitas totais, e anuncia para breve o lançamento de novidades no ramo do entretenimento.

A Maya é uma empresa de tecnologia formada por três grandes unidades de negócio: Maya Produção, Maya Games e Maya IDEO. A Maya Produção se dedica ao desenvolvimento de aplicativos, sistemas, campanhas online, sites e hotsites, e games para o mercado corporativo e publicitário. Já a Maya IDEO visa ao desenvolvimento de soluções para o mercado de tecnologia e publicidade. Por fim, a Maya Games foi criada há cerca de um ano  para desenvolver games próprios, compatíveis com os sistemas BlackBerry, Windows Phone, Android e iOS. O primeiro jogo lançado, Legendary Heroes, foi um grande sucesso, alcançando o top 10 da App Store. O bom resultado chamou a atenção da TapJoy, uma das maiores empresas de mobile do mundo, com quem a Maya firmou recentemente uma parceria.

Os games sempre foram produtos que a empresa desenvolvia para o mercado publicitário, mas a novidade é que agora a Maya está investindo em games próprios, como exemplifica o Legendary Heroes. “Estamos dispostos a investir nessa unidade (Maya Games), com o desenvolvimento de um segundo jogo que promete ser ainda melhor”, diz o sócio-diretor Renato Pereira, que promete para breve o anúncio de alguns acordos estratégicos para os mercados de Rússia, Turquia, Coréia do Sul, China e Europa.

O modelo de negócios da empresa varia segundo o tipo de produto com o qual se deseja trabalhar. Para o mercado publicitário, é comum a cobrança de um valor fixo por projeto. Já os jogos da Maya Games tem como modelo mais comum o freemium (modelo em que o app é gratuito, mas há dispositivos dentro dele que são pagos). Em algumas situações, é possível até mesmo que a Maya vire investidora em algumas das ideias cogitadas por outras empresas.

A Maya vê espaço para continuar crescendo no mercado nacional de games. Segundo Pereira, de uma maneira geral, o desenvolvedor brasileiro não vem se importando com a qualidade de seu produto, buscando apenas volume e entrega rápida para fazer dinheiro. Isso estaria, segundo ele, abrindo um vácuo para empresas que invistam em inovação e qualidade, o qual a Maya vem se esforçando para preencher.

“Há três anos, quando lançamos o primeiro aplicativo brasileiro comercial na Apple Store, o 'Citroën Mobile', para o Salão do Automóvel de 2008, tivemos muitos downloads, porém 86% desses downloads tinham origem na França. Hoje, ao atingir o Top 10 na App Store por uma semana, temos certeza de que mais de 150 mil downloads vieram do Brasil. O brasileiro está em terceiro lugar entre os consumidores que mais compraram nossos jogos. Trata-se  de um mercado que está crescendo, e já figura entre os maiores do mundo”, afirma Pereira.

Tela Viva Móvel

O diretor responsável pela Maya Games, Reinaldo Pires, está confirmado como debatedor no painel "Quarta geração: o que muda em conteúdo?", que acontecerá no dia 16 de maio, entre 11h e 12h30, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, durante a 11ª edição do Tela Viva Móvel. Para maiores informações, acesse o site do evento.