As operadoras de telefonia móvel expressaram-se do modo favorável à medida provisória (MP) 615 publicada na última segunda-feira, 20. A Oi, que atua no setor de pagamentos móveis com o cartão Oi Paggo e com o recém lançado Oi Carteira, comunicou que  “a MP 615 é importante para o desenvolvimento dos serviços de pagamentos móveis e também para a inclusão financeira da população brasileira não bancarizada”. 

Já a MFS, joint-venture formada pela Telefônica Internacional e pela Mastercard Worldwide, afirmou que “considera a regulamentação extremamente positiva para o setor de pagamentos móveis, que começa a se desenvolver no Brasil”. Segundo o comunicado da MFS à imprensa, o presidente da MFS, Marcos Etchegoyen, acredita que “a medida trará ainda mais transparência a este segmento de negócios, o que só tende a beneficiar usuários e empresas”. A MFS é a empresa que opera as soluções de pagamentos móveis da Vivo no Brasil. A MFS anunciou na semana passada o lançamento do Zuum, sua versão de m-vallet.

A Claro e a TIM, que ainda não lançaram suas soluções de pagamento móvel, também manifestaram-se favoráveis à medida. A Claro, que já comunicou a parceria com o Bradesco para o desenvolvimento de um moedeiro co-branded com foco no público não bancarizado e para pagamentos com uso de tecnologia NFC, disse que “a parceria está estritamente alinhada com as recentes iniciativas do Governo Federal e reguladores do setor em prol do fomento à inclusão financeira e tem como objetivo oferecer soluções simplificadas, de baixo custo e seguras, por meio de aparelho celular”. Já a TIM informou que “está acompanhando a discussão sobre a regulamentação dos serviços e vai sempre colaborar com o Ministério das Comunicações e Anatel para que sejam implementados o quanto antes, com regras justas e que beneficiem clientes, operadoras e instituições bancárias”.

De acordo com a MP, o serviços de pagamento móvel precisarão se interoperáveis, ou seja, os usuários de operadoras diferentes deverão poder transferir valores entre si pelo celular. Até o momento os serviços lançados se restringem aos assinantes de cada operadora.