Depois de fazer uma enquete sobre a volta do perfil do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que venceu com 51,8% dos votos, Elon Musk informou em um tuíte que sua conta será reintegrada ao Twitter (Android, iOS).

Em resposta, líderes de direitos civis condenaram rapidamente a decisão do proprietário da rede social, acusando o CEO da Tesla e da SpaceX de quebrar compromissos que ele havia assumido semanas antes. Vale lembrar que, recentemente, Musk havia anunciado que formaria um conselho de moderação de conteúdo para tomar decisões políticas, como esta, e decidir se restabeleceria contas banidas.

“Na Twitteresfera de Elon Musk, você pode incitar uma insurreição no Capitólio dos EUA, que levou à morte várias pessoas, e ainda pode vomitar discurso de ódio e conspirações violentas em sua plataforma”, disse o presidente da The National Association for the Advancement of Colored People (NAACP, ou, em português, Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor), Derrick Johnson, em um comunicado. “Qualquer anunciante que ainda financie o Twitter deve parar imediatamente com toda a publicidade. Se Elon Musk continuar administrando o Twitter assim, usando pesquisas de lixo que não representam o povo americano e as necessidades de nossa democracia, Deus nos ajude a todos”, completou.

O mesmo Johnson conclamou em várias mensagens no Twitter que as empresas cancelem publicidade na rede social.

Musk permitiu que Trump voltasse à plataforma no último sábado, 19, depois de realizar uma pesquisa no Twitter perguntando aos usuários se ele deveria retornar. Trump foi permanentemente expulso da rede social na gestão anterior após a insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos Estados Unidos, alegando que as eleições foram fraudulentas nos EUA. A liderança do Twitter na época temia que a presença de Trump na plataforma pudesse levar a mais incitação à violência, já que ele continuava a alegar, falsamente, que a eleição foi roubada dele.