Lançado no mercado brasileiro em novembro de 2012, o serviço de streaming de música Superplayer tem como objetivo ser simples e intuitivo a fim de atender o público que ainda não tem afinidade com esse tipo de experiência. O diretor executivo da start-up, Gustavo Brun Goldschmidt, acredita que o momento é de oportunidades, com o crescimento global do streaming em detrimento do modelo de download: “O download é complicado, porque o usuário precisa fazer a busca, ter uma boa conexão. O streaming é, sem dúvida, o futuro da música digital”, sugere. O diretor executivo ressalta, ainda, o problema de o arquivo poder ser facilmente retransmitido, mesmo que o primeiro download tenha sido pago. “Com o streaming não repassamos o arquivo para o usuário, o que nos confere maior controle sobre a reprodução e, consequentemente, sobre os direitos autorais”, explica. Tal como uma rádio, parte do faturamento da start-up é destinado para o pagamento de direitos autorais ao ECAD, com quem tem contrato até o final de 2013.

Goldschmidt revela que há uma tendência crescente de as gravadoras quererem acompanhar, sem a mediação do ECAD, as reproduções. Esse é um dos motivos pelo qual a Superplayer tem dado ênfase à criação de listas prontas, sobre as quais só opera a fiscalização do ECAD. Essas listas são feitas por um sistema de curadoria da start-up, de acordo com o perfil do usuário. Mas o serviço também permite uma escolha a la carte de músicas.

Como no Brasil o streaming ainda é percebido como uma experiência complicada e restrita a um público mais jovem, a ideia do Superplayer consiste em facilitar o acesso às músicas, sem a ênfase em informações sobre os artistas que costuma caracterizar o modelo da concorrência. “Queremos oferecer a experiência mais rápida e direta possível”, afirma o executivo.

Com acervo diversificado, a Superplayer tem como público-alvo adultos entre 23 e 40 anos de classe média. A empresa conta, atualmente, com 4 mil usuários e pretende chegar a 200 mil até o final de 2013. Os planos não param por aí: Goldschmidt quer ampliar o serviço para empresas que busquem soluções musicais para campanhas publicitárias, gestão da marca ou sonorização de suas lojas, por exemplo. “Além das pessoas físicas, queremos alcançar pessoas jurídicas”.

O serviço está disponível via web, com um site para desktop e uma versão otimizada para visualização em celulares. Não há aplicativos nativos por enquanto. O usuário interessado em acessar o Superplayer  tem duas opções. O acesso gratuito é de oito horas mensais, podendo ser estendido a até 20 horas mensais, caso o indivíduo convide amigos para navegar na plataforma. O acesso irrestrito se dá por meio de uma assinatura no valor de R$ 6,90 mensais – menos da metade do que cobram serviços internacionais, como Rdio e Deezer. Os usuários que não pagam têm o ônus da publicidade, em banners ou em áudio, entre uma música e outra.