IDC: participação do Windows Phone no Brasil ficará abaixo de 10% em 2012

A participação do sistema operacional Windows Phone nas vendas de smartphones no mercado brasileiro este ano deve ficar abaixo de 10%, prevê o analista Luciano Crippa, do IDC. “Hoje, o Windows Phone tem uma participação ínfima no mercado, e que vem em tendência de baixa nos últimos anos devido ao exponencial crescimento de sistemas concorrentes como Android e iOS. A plataforma Windows ficou muito restrita. Por isso, uma participação mais forte da Microsoft no mercado só deve ser observada no médio a longo prazo”, diz Crippa, para quem a Microsoft deve chegar a ocupar o segundo lugar no mercado mundial de smartphones em 2016.

Em relação aos lançamentos anunciados em parceria com a Nokia (a empresa trouxe ao Brasil dois modelos com Windows Phone, o Lumia 710 e o Lumia 800, nos valores de R$ 999 e R$1.699, respectivamente), Crippa analisa que, por se tratarem de modelos high-end (de alto valor), eles vão brigar por uma fatia ainda muito pequena do mercado. “Estamos falando de um segmento que representa apenas 30% do mercado total de smartphones, algo em torno de 5 milhões de usuários. Para a Nokia, é um fator importante, pois a reposiciona em uma briga na qual vinha sendo derrotada por concorrentes como a Samsung (com a linha Galaxy) e a Apple (com os iPhones). Mas se a Microsoft quiser entrar firme nessa disputa, terá que apostar também em modelos mais baratos”, diz ele, que prevê que outros fabricantes tenham seus primeiros produtos com Windows Phone lançados ainda em 2012, o que deixará a disputa ainda mais acirrada.

O analista vê, contudo, um entrave operacional que pode impedir (ao menos em um primeiro momento) a popularização dos smartphones da Microsoft. “O hardware exigido para rodar a plataforma da Microsoft é mais robusto. Exige, por exemplo, muito mais do aparalho do que um Android. Por isso, ainda é difícil disponibilizar o Windows Phone em aparelhos tão baratos como os Androids. Mas é claro que isso passa também por uma questão de escala. Se a primeira recepção for boa, certamente teremos novos modelos sendo disponibilizados”, disse.