A TOTVS anunciou nesta terça-feira, 22, a aquisição da Linx por R$ 3,4 bilhões da Stone. De acordo com documento compartilhado ao mercado pela adquirente, a compra inclui R$ 3,05 bilhões do valor pela empresa e mais a posição de caixa líquido de ativos, estimados em R$ 341 milhões.

Um ágio (goodwill, no original em inglês) de R$ 1 bilhão será gerado com a operação, ou seja, o valor é R$ 1 bilhão acima do valor contábil dos ativos líquidos da Linx. Geralmente, esse montante pode ser amortizado para fins fiscais.

O dinheiro gerado pela Linx entre a assinatura do contrato e a conclusão da operação será mantido pela Stone. Além disso, o excedente fiscal pago na aquisição (fiscal goodwill, no original em inglês) de R$ 3,8 bilhões segue com a Stone e será amortizado em oito anos.

A operação não inclui qualquer acordo comercial entre Linx e Stone, como informou a TOTVS.

Vale lembrar, a Stone anunciou a compra da Linx em 2020 por, inicialmente, R$ 5,5 bilhões em dinheiro e ações. A operação foi aprovada pelo Cade em junho de 2021. Ao todo, a transação custaria R$ 6,7 bilhões após ajustes em outubro de 2020. Ou seja, hoje, a adquirente vendeu a Linx pela metade do valor original.

Vale lembrar que a TOTVS queria comprar a Linx cinco anos atrás, mas perdeu a disputa para a Stone.

Estratégia da TOTVS com a Linx

De acordo com a companhia, a compra busca complementar o seu portfólio de produtos e serviços para o varejo, assim como oportunidades de cross e up-selling com sua operação de cloud e distribuição das soluções da empresa adquirida por meio de sua força comercial.

Segundo documento sobre a aquisição, a compradora informa que atua com soluções em nichos varejistas como atacadistas, supermercados e restaurantes. Com a Linx, a ideia é expandir para outros segmentos do comércio, tais como:

  • Farmácias;
  • Lojas de materiais de construção;
  • Concessionária de veículos;
  • Redes de fast food;
  • Postos de combustíveis;
  • Moda.

No primeiro trimestre de 2025, a receita líquida da Linx teve alta de 2% ante o mesmo período em 2024, de R$ 286 milhões para R$ 291 milhões. Por sua vez, a receita da TOTVS cresceu 20%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,4 bilhão. Se combinadas, a receita das duas empresas juntas registraria um crescimento de 16%, de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,7 bilhão.

Agora, a TOTVS aguarda aprovação do Cade e outros trâmites operacionais.

 

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