O Itaú (Android, iOS) confirmou nesta quarta-feira, 22, que está testando um agente de inteligência artificial generalista. De acordo com João Araújo, diretor de estratégia e ciclo de vida do cliente no banco, a ideia é que o serviço ajude o consumidor em suas dúvidas.
“Esse agente vai ter um conhecimento sobre os diversos produtos bancários (do Itaú). Vai conseguir tirar dúvidas e, ao longo do tempo, ter uma lógica consultiva por conhecer no detalhe cada cliente. Nesse primeiro momento, a sua função é de lógica consultiva para os produtos mais usados, como o crédito e esclarecimento de dúvidas de forma geral sobre os vários produtos”, explicou.
Araújo adiantou que o robô poderá sanar dúvidas sobre temas como o funcionamento da cobertura do seguro, do consórcio, de um empréstimo pessoal contra um consignado, do financiamento de veículo etc: “Para essas dúvidas, esse agente vai ter capacidade plena de conseguir dissipar e ajudar no entendimento. Vamos por fases, obviamente, mas seguindo uma lógica bastante consultiva da assessoria mais próxima e esclarecimento de dúvidas sobre produtos do banco”, completou.
O diretor afirmou que começam os testes com 1 mil clientes e devem escalar para o restante da base a partir dos retornos e avaliações dos correntistas. O lançamento deste agente vem na esteira do sucesso de outro, o agente de investimento, que está em uso com 60 mil clientes.
“Começamos com cerca de 1 mil clientes para testar. Depois vamos avançando para 10 mil, 30 mil e 60 mil. Isso até sentirmos confiança para levar ao resto da base”, disse. “Veja, é muito mais que um teste de performance. É um teste de adoção mesmo. Veremos o que o cliente vai perguntar para o agente. Porque a pergunta é aberta. E o cliente vai perguntar só sobre o banco? Vai perguntar sobre outras coisas que não têm nada a ver com banco? Todos esses aprendizados são relevantes”, concluiu Araújo.
Modo proteção

Novo modo de proteção para clientes do Itaú (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)
O modo de proteção para usuários é outra novidade anunciada pelo banco nesta quarta-feira. O serviço funciona como uma camada de proteção extra para o consumidor no app. Assim como tem em outras instituições, o usuário:
- Escolhe um local seguro por meio do Wi-Fi;
- Define um limite para transações fora do local seguro;
- Neste local seguro, o cliente pode fazer transações como faz habitualmente pelo app do banco;
- Fora do local seguro, a transação só pode ser realizada com leitura biométrica da face e dentro do limite estabelecido.
De acordo com Araújo, o serviço do modo de proteção está em testes com 10 mil clientes atualmente e deve ser lançado para toda a base de correntistas do banco até o final de 2025.
Questionado por Mobile Time sobre o motivo de não ter lançado algo assim antes, junto com os rivais, Araújo explicou que a demora está mais ligada à prioridade de funcionalidades que o banco coloca à disposição de seus consumidores. Lembra ainda que o Itaú lançou 18 produtos digitais nos últimos 18 meses.
Uso e comportamento

Função de alerta do Pix para apontar ao usuário sobre o risco de fraude em uma transação (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)
O diretor de estratégia e ciclo de vida do cliente do Itaú apresentou dados de alguns dos produtos que o banco lançou recentemente. Um deles é o controle de gastos, que teve 1 milhão de pessoas usando nos primeiros 15 dias após o lançamento. O Insight personalizado, que revelou que 40% das pessoas tinham saldo na conta apesar de possuírem contas em atraso. O Cofrinhos do Itaú, que conta atualmente com R$ 16 bilhões guardados. E o alerta pix, capaz de reconhecer mais de 70% das fraudes financeiras e alertar o consumidor.
Imagem principal: João Araújo, diretor de estratégia e ciclo de vida do cliente do Itaú (divulgação)