As propostas de fornecedores para a construção da rede celular privativa do governo federal estão em fase de análise pela EAF, entidade responsável pela execução do projeto. Ao todo foram três RFPs: uma para equipamentos de core e rede de acesso; uma para roteadores; e uma para a plataforma de missão crítica. Os prazos de entrega já se encerraram para as três. Fontes ouvidas por Mobile Time indicam que a resposta do mercado foi boa, e que até superou as expectativas no caso da RFP da plataforma de missão crítica. 

Na fase de análise, os técnicos da EAF vão primeiro verificar se as propostas enviadas atendem a todos os requisitos estipulados pelo governo, e depois vão analisar os preços. Espera-se que a análise demore cerca de um mês.

Procuradoria

A Procuradoria Federal Especializada (PFE) da Anatel se posicionou a favor do Ministério das Comunicações no que tange três características dessa futura rede privativa que eram contestadas pelas grandes operadoras móveis: sua capacidade de interconexão com as redes públicas; sua possibilidade de roaming; e seu acesso a um plano de numeração pública. Esse posicionamento foi encaminhado para o conselho diretor da agência, ao qual caberá a decisão final sobre o tema. As operadoras móveis argumentam que tais características na prática transformariam a rede privativa do governo em uma rede pública.