De acordo com o cronograma apresentado pela TIM durante a apresentação dos resultados financeiros da operadora nesta quinta-feira, 24, a migração dos clientes da Oi deve acontecer “em janelas, ao longo do tempo”, como disse Alberto Griselli, CEO da empresa, durante coletiva de imprensa – a primeira como CEO. O executivo lembrou que a operadora vai ficar com boa parte (40%) dos 40 milhões de clientes da Oi Móvel.

A migração dos clientes acontece em diferentes etapas, segundo detalhou Leonardo Capdeville, CTIO da TIM.:“A primeira, técnica, será para trazer os clientes Oi para a rede da TIM. Essa migração faremos por DDD”. A segunda etapa será um mix de migração baseada em DDD e por plano. “Primeiro o pré-pago, depois controle e pós-pago”, disse.

Para a distribuição desses clientes na TIM, Griselli explicou que a operadora construiu planos de chegada para esses novos usuários, que devem ser iguais ou melhores que aqueles contratados na Oi: “A ideia é que o cliente não perceba a mudança (do plano em si), mas note a melhora do serviço”.

A expectativa é que toda a base de clientes deverá estar na rede da TIM três meses após o fechamento do negócio.

TI e espectros

Já a migração completa do espectro deve acontecer entre seis e oito meses após o fechamento do negócio. Vale dizer que a empresa espera que o closing aconteça até maio – lembrando que a Telefónica espera o fechamento da venda até junho.

A migração dos sistemas de TI deve se dar ainda no segundo trimestre de 2021 (mudança da base de clientes para a plataforma de TI da TIM). E a conclusão de toda a migração deve acontecer 12 meses após o closing do negócio.

Impacto da Oi na TIM

Com relação ao impacto total dos ativos móveis da Oi, Camille Faria, CFO da TIM, aposta que o efeito pleno da operação será percebido em 2024. A operadora estima que mais de 15% da receita de serviços líquida virá dos clientes vindos da Oi em 2024. E que mais de 20% do Ebitda virá de clientes Oi migrados – o que também será sentido em 2024.