Os sócios da Bondi, Marcelo Santos, Matheus Comune e Henrique Camillo

O mercado de fretados ganhará mais uma opção para conectar pessoas aos veículos de transporte coletivo. É a Bondi (Android, iOS), uma espécie de marketplace para viagens fretadas para passageiros comuns ou empresas. O projeto surgiu um ano atrás, mas começou a tomar formar neste ano com os sócios Matheus Comune, Marcelo Santos e Henrique Camillo.

“Nós não queremos ser mais um agente de mobilidade urbana. Nós queremos colaborar com o mercado e com o planeta, uma vez que reduziremos a quantidade de carros nas ruas”, ressaltou Santos. “Estamos nos posicionando pelo viés da coletividade”.

Em conversa com Mobile Time, Santos e Camillo afirmaram que lançarão o app nos últimos quatro meses de 2018. Neste período, a companhia espera registrar 4,5 mil atendimentos por mês e fechar o ano com um faturamento entre R$ 5 milhões e 6 milhões.

Em seu modelo de negócios, a startup pretende trabalhar com três pilares de serviços: fretado empresas, transporte para eventos e demandas pontuais (on-demand). A precificação será baseada no km de deslocamento e mais o tempo de espera.

“Para as empresas, a plataforma vai servir para fazerem pesquisas de fretados. Para empresas que desejam transporte para eventos, a plataforma vai criar toda logística para o evento. E, para o consumidor final, teremos a opção de demanda pontual”, explica Camillo. “O nosso modelo de serviços é único. Internamente, teremos unidades de negócios para cada área (eventos, empresas e sob demanda)”.

Com 700 veículos já cadastrados entre vans, micro-ônibus e ônibus, a Bondi vai atuar apenas no estado de São Paulo em seu começo, mas já planeja uma expansão para outros estados brasileiros em 2020, como explica Camillo: “Já mapeamos o mercado no estado de São Paulo. São 2,2 mil empresas com 100 mil veículos homologados. Já começamos a trabalhar com elas. São companhias credenciadas junto ao órgão local e que estão há muitos anos no mercado de transportes”.

Questionados sobre possíveis problemas com a legislação, como aconteceu com a Buser ano passado, os sócios explicaram que não criaram linhas (cidade A até cidade B). Caberá ao usuário criar quais trechos deseja. Além disso, o transporte da Bondi será apenas municipal no começo, ou seja, não atuará com viagens intermunicipais ou interestaduais.