O 5G está longe de ser o atributo mais importante considerado pelo brasileiro na hora de escolher um smartphone. Na verdade, em uma lista com seis características dos aparelhos, o 5G aparece em quinto lugar quando se pergunta aos brasileiros o que é mais importante na escolha de um novo smartphone. É o que revela a nova pesquisa “O brasileiro e seu smartphone”, produzida por Mobile Time e Opinion Box e publicada nesta segunda-feira, 24 (confira a tabela abaixo).

Apenas 4% dos brasileiros com smartphone afirmam que o 5G seria a principal funcionalidade que levariam em conta na compra de um aparelho novo. À frente do 5G estão: capacidade de processamento (33%); memória (30%); duração de bateria (14%); e qualidade da câmera (14%).

Vale destacar a diferença por gênero. Entre homens, a capacidade de processamento (42%) é mais importante que a memória (23%), e a duração da bateria (15%) é mais relevante que a qualidade da câmera (11%). Entre as mulheres é ao contrário: a memória (38%) é o atributo prioritário, à frente da capacidade de processamento (25%); e a qualidade da câmera (17%) vem antes da duração da bateria (14%).

A comparação por sistema operacional aponta algumas diferenças. Os usuários de Android têm mais interesse em memória (33%) que aqueles de iOS (23%). E quando se analisa qualidade de câmera são os donos de iPhone (22%) que se importam mais que os de Android (11%). Nas demais funcionalidades analisadas não há divergência significativa por sistema operacional.

Intenção de compra

Pouco mais da metade dos brasileiros com smartphone, ou 53% para ser exato, pretendem comprar um aparelho novo nos próximos 12 meses. A intenção é maior entre homens (57%) que entre mulheres (50%). E há diferença também por classe social: aqueles com menor renda são os mais interessados em trocar de aparelho nos próximos 12 meses. É o que dizem 54% das pessoas das classes D e E e 53% daquelas na classe C. Enquanto isso, 49% dos brasileiros das classes A e B pretendem comprar um smartphone novo dentro de um ano.

Análise

O baixo interesse pelo 5G pode ser explicado por dois fatores: a cobertura ainda restrita a grandes cidades e a falta de uma “killer application” que requeira a alta velocidade e a baixa latência proporcionadas pela nova tecnologia.

A pesquisa entrevistou 2.085 brasileiros que possuem celular entre os dias 7 e 26 de junho de 2023. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,1 pontos percentuais. O relatório na íntegra pode ser baixado gratuitamente neste link.