O Facebook derrubou postagens fraudulentas sobre o Pix, após notificação extrajudicial da Advocacia-Geral da União (AGU). Em vídeos criados com inteligência artificial, “usuárias” reagiam a falas manipuladas do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e do diretor de Assuntos Internacionais do órgão, Paulo Picchetti, e alertavam para uma suposta “compensação financeira” a que todo usuário do Pix teria direito.
A AGU atuou com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a responsabilização de plataformas sobre conteúdos veiculados em seus meios e solicitado pelo próprio BC.
O golpe dizia que teria ocorrido um vazamento de dados, o que era falso, visando direcionar possíveis vítimas a um site para captura ilegal de informações pessoais. A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) solicitou que o Facebook removesse as postagens apontadas na notificação, bem como outras similares que veiculem os vídeos manipulados dos dirigentes do BC, inclusive no Instagram.
Além do potencial golpista, a PNDD argumentou que as postagens mentirosas sobre o Pix visam “causar danos à política pública da União e à integridade da ação pública”.
Uma das postagens foi editada com tons dramáticos e chegou a mais de 3,1 mil curtidas no Facebook, a partir de conta enganosa que simulava o portal G1, também derrubada. O Facebook removeu as publicações na terça-feira, 22, poucas horas após o envio da notificação extrajudicial pela AGU.
Mobile Time entrou em contato com a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, que preferiu não comentar.