A Finted Tech School deseja ampliar a mensuração de empresas da nova economia digital. Em conversa recente com o Mobile Time após lançar o index de fintechs, Flávio Málaga, sócio e professor de finanças da instituição de ensino, afirmou que há outros segmentos que pretendem explorar.

“Faremos outros índices, bem específicos, para acompanhar esse ecossistema digital”, afirmou o professor. “Queremos criar esses índices. Olhamos em legal techs, as empresas jurídicas. É um mercado muito forte em rodadas indiciais. Também olhamos AdTechs (ou martechs – de publicidade)”, concluiu.

FintedIndex

Málaga explicou um pouco mais sobre o índice para fintechs que lançou em junho deste ano. Criado através de um trabalho acadêmico , o FintedIndex tem como pressuposto ser um benchmark com uma carteira de fintechs comparada ao Dow Jones I (DJI).

“Criamos o índice pelo desenvolvimento do ecossistema de fintechs. Eles fazem um disrupção no mercado. Quase metade dos venture capital (VCs) aportam dinheiro nelas. Todo mundo olha as grandes, mas uma centena (de fintechs) recebe capital. Acompanho apenas empresas listadas em bolsas. São fintechs listadas a partir de 2016”, disse.

Como funciona

A carteira da Finted é atualizada a cada seis meses para adicionar mais empresas ao index. Mensalmente, as principais movimentações do índice são apresentadas ao mercado. O professor e sócio da Finted explica que não são incluídos bancos tradicionais que estão em jornada digital, uma vez que estão em outros índices.

“O FintedIndex se diferencia pelos ativos da carteira. O índice da B3 tem 60 a 65 empresas, mas tem poucas empresas de tecnologia. Tem o SP 500, o próprio índice Nasdaq. Mas abordam empresas de todos os setores. Eu quis criar de um segmento específico”, afirmou.

O índice tem apenas empresas brasileiras. XP, Stone e PagSeguro são aquelas que estão bem-posicionadas, principalmente em adesão de novos usuários.