O Brasil caiu da terceira para a quarta posição no ranking mundial de número de downloads de apps, somando as duas principais lojas desse mercado (App Store  e Google Play), durante o terceiro trimestre deste ano, informa relatório da App Annie. O País foi superado pela Índia, que subiu da quarta para a terceira colocação. A liderança permanece com os EUA, seguidos pela China, que manteve o segundo lugar. Completam o ranking dos dez principais mercados em volume de downloads, em ordem decrescente: Rússia, Indonésia, México, Japão, Turquia e Coreia do Sul.

A crise no Brasil pode ser uma das culpadas para a queda do País. Com menos smartphones sendo vendidos, houve uma desaceleração na popularização desse produto. Ao mesmo tempo, a Índia é um mercado em franca expansão, o que também contribuiu para essa ultrapassagem.

No ranking de receita somando as duas lojas, a ordem permaneceu a mesma do trimestre anterior (em ordem descrescente): EUA, Japão, China, Coreia do Sul, Reino Unido, Taiwan, Alemanha, Austrália, Canadá e França.

De acordo com a App Annie, o volume de downloads na Google Play no terceiro trimestre foi 115% maior que na App Store. Porém, a receita gerada na loja da Apple foi o dobro daquela gerada na rival do Google.

Outra informação relevante: a categoria de jogos responde por 25% dos downloads, mas por 75% da receita das lojas de aplicativos no mundo. Entre as demais categorias, o relatório destaca o crescimento daquela de apps de entretenimento, especialmente assinatura de streaming de vídeo. Em três anos, a receita com apps de entretenimento subiu 3,9 vezes em iOS e 3,4 vezes em Android.

China

No terceiro trimestre, pela primeira vez, a China superou os EUA em receita na App Store, totalizando um faturamento de US$ 1,7 bilhão, a maior parte oriunda de games. A receita nos EUA ficou próxima de US$ 1,5 bilhão nesse período de três meses.

Qualquer desenvolvedor que almeje ser um player global no setor de conteúdo móvel precisa adaptar o seu produto para o mercado chinês. Na opinião dos analistas da App Annie, não basta traduzir o app: é preciso fazer um trabalho sério de "localização", adaptando-o às preferências culturais da China.