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O WhatsApp virou uma das principais ferramentas para a venda de produtos da Coca-Cola a pequenos estabelecimentos comerciais na América Latina. A engarrafadora Coca-Cola FEMSA adotou uma solução de comércio conversacional desenvolvida pela Yalo dentro do WhatsApp em 2019 e hoje registra US$ 1 bilhão em vendas por ano nesse canal, o que corresponde a 30% do seu faturamento. 1 milhão de lojistas na América Latina realizam pedidos de produtos da marca através do app de mensageria, somando uma média de 40 mil pedidos por dia na região. Agora, a Yalo quer replicar esse case de sucesso em outras indústrias de bens de consumo.

“Enquanto outros bots são criados para reduzir custo de atendimento no pós-venda, nós queremos gerar vendas”, compara Murilo Stiaque, head de vendas da Yalo, em conversa com Mobile Time.

As conversas com o contato da FEMSA no WhatsApp são automatizadas. A navegação no carrinho de compras e a experiência de pagamento acontecem através de web view, fora do WhatasApp, mas a ideia é que no futuro sejam usadas ferramentas nativas do aplicativo de mensageria.

Embora a venda aconteça de forma automatizada no canal, ela é computada dentro das metas estabelecidas para o vendedor responsável pela região onde se encontra o estabelecimento comercial. A aliança com os vendedores foi fundamental para o sucesso do projeto, explica o executivo. O bot ajuda a vender mais, e permite que o vendedor faça visitas mais consultivas em estabelecimentos que considera estratégicos. Além disso, pelo WhatsApp, o lojista recebe informações sobre novos produtos e promoções personalizadas.

Stiaque trabalhou por 11 anos na Unilever e está há três meses na Yalo, no Brasil. Pela sua experiência na indústria, ele enxerga que há bastante potencial para replicar o caso de uso da FEMSA na distribuição de outros produtos. Uma das vantagens do WhatsApp é garantir uma transmissão mais precisa dos argumentos de venda da indústria diretamente ao lojista. Além disso, o executivo entende que é melhor usar o WhatsApp, que todo mundo tem no smartphone, do que criar um aplicativo novo, que precisaria ser baixado e ensinado. “Se cada distribuidor tiver um aplicativo, imagine quantos apps o lojista vai precisar para fazer seus pedidos?”, explica.