A empresa taiwanesa Starwing apresentou no Mobile World Congress deste ano seu sistema indoor inteligente de posicionamento. SiPS, como é chamado, pode ser usado em hospitais, prisões, shoppings, estacionamentos ou fábricas, por exemplo, e tem margem de erro de apenas 30 centímetros de distância. Um dispositivo – que pode ser um cartão, um relógio inteligente ou um pequeno aparelho para ficar pendurado no pescoço, como um colar –, envia sinais de bluetooth para um aparelho – um checador de localização, instalado no teto dos espaços, sem a necessidade de usar uma rede móvel, Internet ou GPS. “Bluetooth é uma tecnologia simples, prática. Todo celular, hoje em dia, tem bluetooth, o que significa que podemos rastrear, basicamente, qualquer pessoa”, explicou Ian Chen, CEO da Starwing.

Como exemplo de uso dos dispositivos, Chen explicou que um empregado pode ser encontrado pelo crachá, que envia sinais de bluetooth para o aparelho que está no teto da sala onde se encontra. Assim, seu chefe pode encontrá-lo e dar outras orientações, se for o caso.

Já o smartwatch foi desenvolvido pensando em pacientes. Ele é capaz de detectar batimentos cardíacos, além de informações sobre onde se encontra o paciente – se ele está na sala de raio x, por exemplo, ou se está fazendo um exame. Num salão, dois aparelhos no teto são capazes de localizar até 500 pessoas.

O SiPS usa tecnologia de análise com machine learning e rede neural para conseguir tamanha precisão na localização.

No MWC, Chen também apresentou a solução voltada para hospitais e centros de saúde para rastrear objetos. “Ao integrar o SiPS ao sistema de gestão das unidades de saúde, ele pode aliviar consideravelmente a carga da enfermagem, melhorar a eficiência da gerência e construir um ambiente médico altamente inteligente e seguro”, resumiu Chen.

Já sobre monitoramento de funcionários, o CEO da Starwing deu como exemplo uma fábrica de semicondutores que usa a solução de sua empresa. Segundo Chen, desde que passaram a usar o SiPS houve aumento de 10% na produtividade dos funcionários. “Isso significa bilhões ao longo do ano”, disse.