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A Apple não precisará recolocar o jogo Fortnite em sua loja de aplicativos, pelo menos neste momento. A decisão da juíza distrital dos EUA Yvonne Gonzalez Rogers, na segunda feira, 24, é mais um capítulo na guerra entre a fabricante de iPhones e a desenvolvedora Epic. Provavelmente, os jogadores não terão acesso ao conteúdo da temporada mais recente do game, que será lançado na próxima quinta-feira, 27, e requer uma atualização do jogo que a Apple não terá na App Store.

Em um comunicado nesta terça-feira, 25, a Apple reiterou sua alegação de que a proibição do Fortnite poderia ser resolvida pela própria Epic.

“Concordamos com a juíza Rogers que ‘a maneira sensata de proceder’ é a Epic cumprir as diretrizes da App Store e continuar operando enquanto o caso avança”, disse a Apple. “Se a Epic seguir os passos que a juíza recomendou, teremos o prazer de receber o Fortnite de volta ao iOS. Estamos ansiosos para apresentar nosso caso ao tribunal em setembro”.

Porém, a vitória da Apple não significa uma total derrota da Epic. A juíza atendeu parte do pedido da desenvolvedora e, neste caso, a Apple não pode bloquear a Unreal Engine. Dessa forma, a Epic poderá continuar fornecendo sua engine a outros jogos e empresas. A decisão também é temporária.

A ordem resolve o que se tornou uma preocupação crescente sobre o futuro dos videogames, cinema e televisão desde que a Apple e a Epic foram aos tribunais no início deste mês.

A Unreal Engine

Unreal Engine é uma plataforma de design usada para criar cenas geradas por computador realistas e ultrarrealistas. Ele desempenhou um papel central em videogames, incluindo Battlegrounds e Borderlands 3, da PlayerUnknown, e serviu para programas de TV como The Mandalorian, da Disney.

Na semana passada, a Apple disse à Epic que planejava revogar sua capacidade de distribuir o software Unreal Engine na loja de aplicativos da Apple, não apenas bloquear o acesso dos jogadores ao Fortnite.

Se a Apple seguisse seu plano, isso poderia impedir os desenvolvedores e produtores de filmes de colocar a ferramenta nos dispositivos da Apple para a criação de aplicativos e de outros produtos de entretenimento para os consumidores, argumentaram Epic e vários desenvolvedores. Para reforçar seu caso, a Epic apresentou uma declaração juramentada da Microsoft alegando que o plano da Apple “prejudicará os criadores de jogos e jogadores”.