O mercado brasileiro é um dos maiores consumidores de aplicativos móveis do mundo, ao movimentar cerca US$ 25 bilhões em 2013, de acordo com dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Ainda de acordo com o orgão, a expectativa é que esse setor atinja os US$ 70 bilhões em 2017. De carona nessas possibilidades de crescimento, as empresas travam agora uma corrida para oferecer soluções que facilitem a migração das telas do computador para dispositivos móveis, mas elas ainda têm um longo desafio para suprir as novas demandas e exigências dos usuários.  

Assim como os notebooks e desktops, os smartphones e tablets tornam-se, cada vez mais, uma plataforma de acesso à Internet. Por conta disso, a convergência entre as diversas plataformas deve caminhar para uma padronização de layouts e funcionalidades, mas sempre respeitando e otimizando os ambientes para cada um dos dispositivos. No caso dos dispositivos móveis, os aplicativos precisam respeitar o tamanho reduzido da tela e do teclado do usuário, o que exige uma navegação facilitada e um rápido tempo de resposta.

Um recente estudo realizado pela Compuware Corporation mapeou as principais demandas dos usuários em relação aos aplicativos móveis. O levantamento identificou que os consumidores desejam apps que ofereçam conteúdo personalizado, ofertas e vantagens com base em seus interesses, possibilidade de compartilhamento de ofertas, novidades e recomendações de produtos em suas redes sociais.

O estudo da Compuware reforça a percepção de que os aplicativos móveis precisam, cada vez mais, promover uma experiência diferenciada e adequada aos usuários. Para isso, ações para retenção e a oferta de conteúdos relevantes estão entre os investimentos necessários para garantir um maior engajamento e fidelização de usuários qualificados. Por outro lado, isso vai permitir às empresas ter um conhecimento mais profundo do comportamento dos usuários e transformar essa inteligência em ações para potencializar os negócios.

A experiência aprimorada dos usuários de aplicativos móveis esbarra ainda em outro desafio: o de mensurar o engajamento dos consumidores com a marca. A antiga fórmula de calcular o número de pessoas que acessam o aplicativo ou a quantidade de pageviews já não são mais suficientes. Hoje, o que se discute é o prolongamento do Valor do Tempo de Vida (Life Time Value) dos indivíduos no ambiente móvel e como esse comportamento melhora a taxa de performance do aplicativo.

O mercado já possui algumas ferramentas que possibilitam às empresas avaliar o comportamento do usário que oferece uma melhor taxa de engajamento. No entanto, ainda são poucas as organizações que medem esses resultados e os transformam em ações para conquistar a fidelidade dos consumidores. 

Por fim, o mercado de dispositivos móveis continuará crescendo significativamente nos próximos anos e, cada vez mais, os aplicativos estarão presentes na vida das pessoas. Cabe agora às empresas antecipar o comportamento de uso e oferecer uma plataforma que atenda aos anseios dos usuários.