PouPay+

Aline Rezende é CEO da PouPay+. Foto: divulgação

A PouPay+ (Android, iOS) ainda não existe em sua plenitude no momento, mas seus planos são grandes. “A gente quer ser o app número 1 para as mulheres e até o fim do ano no Brasil”, resume Aline Rezende, CEO da empresa. Trata-se de uma fintech voltada para mulheres, em especial empreendedoras, das classes D e E, entre 20 e 50 anos, que estão à procura de educação financeira, mas também de uma plataforma para gerenciar suas finanças de maneira integrada. O aplicativo já está disponível – com cursos sobre educação financeira –, mas os serviços serão inseridos na plataforma a partir de 12 outubro, dia do seu lançamento oficial. A partir dessa data, a PouPay+ oferecerá crédito com taxas de juros mais em conta, cartão de crédito, opções de investimento, entre outros serviços financeiros, além de gamificação voltada para mães.

PouPay+

Exemplo de tela do PouPay+ e das integrações que serão realizadas a partir de outubro

Também em outubro, a PouPay+ será integrada a bancos. A instituição parceira é a plataforma de open banking Belvo. “Ela faz a ponte com o Banco Central. No momento, estamos em fase de homologação e, em breve, vamos oferecer integração com contas bancárias, home brokers, mas também com Rappi, iFood, Uber, entre outros apps para os quais as mulheres trabalham”, explica Jean da Silva Malaquias, CTO da fintech. E, para complementar os serviços financeiros, a fintech oferecerá descontos de empresas parceiras, como salões de beleza e lojas de departamento. “Não nos consideramos um markeplace, mas um facilitador para essa mulher”, resume o executivo.

“Na PouPay+, a usuária terá uma noção completa do que entra e como ela gasta o seu dinheiro, já que a proposta é que todas as contas e aplicativos importantes para ela estejam integrados conosco. Ela terá tudo centralizado. E, com isso, a IA vai sugerir notificações de acordo com os gastos da usuária, conforme o seu comportamento. Ela terá uma visão macro de suas finanças em um só lugar”, explica Malaquias.

O app tem como função ser um assistente virtual. A proposta é que a IA colabore para o gerenciamento das contas bancárias, integradas ao aplicativo pelo open finance, trazendo lembretes de vencimentos de boletos e contas e informações de juros, em caso de atrasos. Além disso, a plataforma também oferece descontos exclusivos em produtos e serviços que estejam no escopo de gastos de cada mulher, de acordo com a análise realizada pelo próprio app.

Deep learning

A inteligência artificial foi desenvolvida dentro da fintech. Com o uso de deep learning, a IA aprende por conta própria e vai atuar totalmente a partir do comportamento da usuária.

PouPay+

Jean Malaquias é o CTO da PouPay+. Foto: divulgação

“Teremos o monitoramento das transações bancárias e poderemos estudar seu comportamento de consumo. Entender por qual motivo aconteceu aquela transação naquele dia e naquele horário, se ela tende a gastar mais no início ou no fim do mês, em TPM, por exemplo. Com esses dados, a gente consegue sugerir melhores usos para os gastos dessa pessoa. Podemos melhorar o mindset dessa usuária e propor promoções em produtos que ela costuma comprar, além de sugerir melhores hábitos”, resume Malaquias.

Para que o deep learning tenha uma boa precisão, o CTO estima que a plataforma precise de 1 mil usuárias com um ano de transações bancárias. No entanto, ao integrar uma conta no app, a fintech é capaz de enxergar o histórico das movimentações passadas dessa usuária. Dessa forma, o processo de aprendizagem da IA será bem acelerado.

Modelo de negócio

O modelo de negócios da fintech será o freemium. A partir de outubro, quando os serviços estiverem abertos, o PouPay+ oferecerá planos e funcionalidades com custos. Atualmente, os cursos de educação financeira são gratuitos.

Expansão

Em um primeiro momento, a PouPay+ quer crescer no Brasil. E, até o final do ano que vem, a CEO estuda expansão para México e Colômbia, dois mercados com perfis semelhantes ao brasileiro.

E, em um terceiro momento, quer replicar a ideia na Irlanda, onde está baseada a CEO, e nos Estados Unidos, onde fica Malaquias e seu sócio.