|Mobile Time Latinoamérica| A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) do Paraguai adjudicou as licenças para operar no desenvolvimento da tecnologia 5G, na faixa de 3,5 GHz.
As empresas selecionadas na Licitação Pública foram AMX Paraguay SA (Claro) e a argentina Nubicom SRL, após cumprirem os requisitos estabelecidos no processo. Cada companhia recebeu 200 MHz, divididos em quatro subfaixas, com um custo de US$ 2 milhões por licença.
De acordo com os termos da adjudicação, ambas realizaram um depósito inicial de US$ 1,4 milhão e contam com 60 dias para completar o pagamento do direito de licença, que deve ser quitado a cada cinco anos. No caso da Nubicom, de origem argentina, há ainda um prazo de 45 dias para constituir-se legalmente no Paraguai.
Etapas do processo 5G no Paraguai
Após a atribuição inicial, as empresas têm sete dias úteis para confirmar se mantêm interesse nos blocos recebidos ou se solicitam um espectro maior.
Se não houver coincidências nas subfaixas solicitadas, a atribuição pode ser feita diretamente. Caso contrário, abrir-se-á um período adicional de sete dias úteis para ajustar solicitações ou, persistindo divergências, será realizado um processo de seleção sumária.
Entre as exigências da licitação está a apresentação da certificação de segurança da cadeia de suprimentos SCS 9001, emitida pela Associação da Indústria de Telecomunicações (TIA). Esta deve abranger os equipamentos da rede de acesso que cada ofertante planeja implementar.
Também é necessário um documento emitido pela missão diplomática paraguaia no país de origem do fabricante, que certifique condições de reciprocidade. O objetivo, destacou a Conatel, é estabelecer canais oficiais com os fabricantes e garantir reciprocidade entre Estados.
A licitação limita o uso de fornecedores estrangeiros, especialmente os de origem chinesa. Essas condições impediram a continuidade dos dois principais operadores do país, Tigo e Personal, que concentram mais de 80% das linhas, por utilizarem equipamentos de origem chinesa.
Uma vez formalizadas as licenças, as empresas terão seis meses para iniciar a instalação da infraestrutura, projetando o início das operações para março ou abril de 2026.
A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA