O Brasil ficou na posição de 57 entre 63 países no ranking de competitividade global do IMD de 2019, uma escola de negócios da Suíça. O resultado mostra um país estagnado em tecnologia ante o ranking no ano passado, quando ficou na mesma posição.

No ranking, o Brasil ficou à frente de Colômbia e Argentina, mas perdeu para países com pouco histórico tecnológico, como Indonésia, Filipinas e Chipre. Lidera o índice de competitividade global do IMD os Estados Unidos, seguido por Cingapura, Suécia, Dinamarca e Suíça.

Para Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, a pesquisa mostra, além de uma estagnação, a perda de confiança e de competitividade ante o cenário econômico global, em especial nas ações para financiar e apoiar a inovação e adoção de novas tecnologias.

O estudo analisa o papel de tecnologias, o conhecimento para assimilá-las, preparação para desenvolvimento no futuro, total de robôs industriais em operação em um país e robôs usados em educação. Feito pelo IMD em parceria com Fundação Dom Cabral, os dados são obtidos junto aos empresários, informações governamentais e organizações internacionais, como a Federação Internacional de Robótica.

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Na separação por subfatores que incentivam a inovação e a tecnologia, o Brasil teve resultados baixos em gerenciamento de crise (60° de 63 países), conhecimento e habilidades digitais (62°), início de um negócio (60°), legislação de pesquisa científica (60°) e tecnologia de comunicação (61°).

Por outro lado, o estudo mostra que o Brasil tem alguns pontos positivos, como: gasto público total em educação (8°); produtividade de pesquisa e desenvolvimento por publicação (8°); uso de robôs nas pesquisas de educação e P&D (14°); participação eletrônica (12°); e quantidade de conexões em redes móveis (27°).

Para Thiago Camargo, presidente do Movimento Brasil Digital, o setor público no País precisa acompanhar as ações de incentivo da indústria privada, uma vez que a TI brasileira é a que mais investe em software na América Latina e uma das dez economias que mais aporta em tecnologias no mundo.