Nathan Janovich (de azul) e Freddy Marcos, sócios da Rentbrella

[Atualizado às 9h27 do dia 28/01 com informações da empresa] A Rentbrella (Android, iOS) seguirá em expansão internacional. Após começar a operar em Nova Iorque e receber um aporte de US$ 5 milhões, o sócio-fundador e CEO da companhia, Nathan Janovich, disse que ao menos mais uma grande metrópole mundial receberá as máquinas e os guarda-chuvas: “É um processo a todo vapor. Já estamos com alguns prédios fechados nesta nova localidade e estamos olhando para outras regiões”, disse o executivo, sem revelar o nome da próxima cidade.

Com 100 máquinas, sendo 40 já instaladas, a operação nova-iorquina começa com 3,5 mil guarda-chuvas para o aluguel. Para efeito de comparação, a Rentbrella tem no Brasil 450 máquinas em quatro anos de existência, a maioria na cidade de São Paulo.

Janovich explica que a receptividade tem sido boa por parte dos usuários locais, com rápida saída dos produtos. Além disso, ressaltou que há diferenças comportamentais e de consumo, como: o fato de a proporção de usuários Android e iOS inverte nos EUA, onde a maioria tem iPhone; que os grandes prédios comerciais tem 10 mil funcionários, enquanto no Brasil são cerca de 2 mil; e a facilidade de o norte-americano compreender o compartilhamento de um produto ou serviço.

Contudo, o sócio da startup lembra que o “guarda-chuva tem utilização universal”.

“Está um período de muito frio em Nova Iorque, o que diminuiu a circulação de pessoas [em razão do avanço da variante ômicron]. Mas o sold-out da máquina é rápido. Estamos com receptividade muito boa. É um serviço que faz sentido para eles”, disse. “Tivemos olhares tortos no começo, pois teve uma empresa norte-americana similar que deu errado, mas o modelo de negócios deles era diferente. O próprio CEO dessa empresa reconheceu isso. Nova Iorque é o melhor mercado do mundo para começar. Não é um negócio fácil e tranquilo, mas se tem quem pode fazer, somos nós”, explicou.

Brasil

Embora tenham trabalhado para entrar no mercado internacional desde 2019, antes da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV 2), a Rentbrella também segue em ritmo de expansão pelo Brasil. A companhia começou a atuar no Rio de Janeiro na virada de 2021 para 2022 e estruturará seus negócios para entrar em Brasília e Porto Alegre.

Contudo, o modelo do Brasil a ser trabalhado é com patrocinador que pode ser city share (oferta de máquinas de guarda-chuva pelas cidades com a máquina e protetores com imagem da marca) ou empresas que patrocinam a mobilidade de seus trabalhadores. No modelo público, o único patrocinador no momento é a Unimed. O modelo privado tem marcas como Mercado Livre, Petrobras, B3, Porto Seguro e Novartis.

Também há um terceiro modelo de negócio que ajuda as empresas no relacionamento com o consumidor e na redução de impacto ambiental por meio das máquinas da Rentbrella. É o caso da Coca-Cola, com recolhimento de garrafas retornáveis. E em breve será feita uma parceria similar com a Trocafone, empresa especializada em recondicionar celulares usados para revenda.

“Tem uma parábola judaica que falava sobre ‘aprender a viver debaixo d’água’. Aproveitamos a pandemia para crescer, revisamos os processos internos, o sistema e o hardware. Nos preparamos para essa expansão. Em especial para a homologação da máquina nos EUA. Nós vimos a pandemia acontecer antes para gente, pelo impacto da cadeia na China”, disse. “Nosso time triplicou nesse período. Antecipamos as questões de novas praças, focamos em parceria com Coca-Cola, Trocafone (em breve) e Ambev. Hoje temos uma empresa muito mais preparada em expansão global e pronta para novos projetos”, concluiu.