Se o Mobile World Congress 2018, que acontece esta semana em Barcelona, tem a tecnologia de quinta geração (5G) no centro das atenções (ao lado de IoT e questões relativas a segurança), uma questão que permanece é por que razão as operadoras devem começar, já, a planejar a introdução das tecnologias de 5G. Para o presidente da Ericsson, Börje Ekholm, a razão central é custo. Segundo ele, os benefícios para as operadoras estão relacionados à diminuição considerável do custo por Gigabyte e na expansão da capacidade. Até 2020, a Ericsson calcula que 20% das células já estarão saturadas a ponto de precisarem evoluírem para 5G. Além disso, diz ele, considerando que a indústria de telecomunicações está em um ciclo de margem declinante, é interessante para as operadoras capturar uma parte do valor gerado por aplicações industriais de IoT, e a 5G é um passo importante para isso, segundo Ekholm. Ele lembra que a possibilidade de realizar o “network slicing” é uma oportunidade de oferecer a diferentes tipos de clientes uma conectividade muito mais adequada, confiável e segura. O fatiamento das redes é, basicamente, a possibilidade de alocar parcelas da rede de acesso em rádio a faixas de clientes específicos. Por exemplo, determinadas frequências para um tipo de aplicação, com latência e velocidade customizadas, e outras faixas para outras aplicações. É como se fossem redes específicas para cidades inteligentes, veículos conectados, aplicações críticas de saúde e outras, por exemplo, dentro de uma mesma rede de telecomunicações.