O Google atualizou nesta semana sua política de publicação na Play Store. Conforme notado pelo site Android Police, uma série de apps de conteúdo duvidoso serão banidos da loja com a mudança. Entre eles, saem apps de criptomoedas; com conteúdo atrativo para crianças, mas que apresentam temas adultos; e construídos a partir de ferramentas automatizadas ou serviços de assistentes (geralmente usados para SPAM).

Assim como a Apple fez na App Store em junho de 2017, a ideia do Google é reduzir a quantidade de aplicativos que afetam a experiência do usuário, em especial aplicações que são maliciosas ou danosas ao uso do ecossistema Android. Com mais de 3,5 milhões de aplicativos na Google Play, é comum ouvir histórias sobre apps que tentam enganar o usuário. O mais recente foi um relatório da Eset, que descobriu 260 aplicativos maliciosos no marketplace do Google.

Histórico

Em sua atualização, o texto da Apple foi criticado por não deixar explícito como deveria ser o uso de ferramentas automatizadas e serviços de assistentes. Utilizadas para SPAM mobile, essas ferramentas também são usadas por pequenas companhias sem dinheiro, funcionários ou tempo para fazer um app próprio. O documento tornou a companhia do iOS alvo de críticas de especialistas do segmento e até do Congresso dos EUA por – supostamente – tirar o espaço dos pequenos empreendedores. Como resultado, a Apple teve que alterar o texto.

Respaldo

Para evitar polêmicas, o Google procurou ser mais cuidadoso e claro do que sua rival. Após o revés que a Apple teve, a companhia explicou que os apps feitos com automatização apenas poderão ser incluídos por uma conta pertencente ao usuário que o publicou, como está descrito no trecho abaixo

“Não são permitidos apps criados com base em modelos, por ferramentas automatizadas ou por serviços de assistente e enviados ao Google Play pelo operador do serviço em nome de outras pessoas. Esses apps só serão permitidos se forem publicados por uma conta de desenvolvedor que seja registrada individualmente e pertença ao usuário da ferramenta automatizada, não ao operador do serviço.”

Este e outros trechos do documento podem ser acessados aqui.