A Conexis Brasil Digital, sindicato patronal do setor de telecom, emitiu um comunicado oficial afirmando que “eventuais restrições (à participação de fornecedores de tecnologia 5G) implicarão potenciais desequilíbrios de custos e atrasos, afetando diretamente a população”.

A nota afirma que as discussões públicas sobre o tema geram incertezas. “As operadoras, em sua grande maioria, são empresas de capital aberto e a transparência das discussões é fundamental para gerar segurança aos investidores e seguir atraindo novos investimentos para o País.”

Segundo a entidade, as principais operadoras possuem ampla expertise e podem contribuir com soluções técnicas eficazes.

O documento lembra ainda que o setor representa cerca de 4% do PIB e já investiu no País mais de R$ 1 trilhão, empregando quase 2 milhões de profissionais, diretos e indiretos.

Entenda o caso

Pressionado pelos Estados Unidos, nos últimos meses, o governo brasileiro tem dado a entender que pode impor restrições a fornecedores da tecnologia 5G, numa tentativa de barrar a participação da chinesa Huawei no leilão, marcado para o ano que vem. O governo norte-americano acusa a Huawei de atuar como instrumento de espionagem do governo chinês.

Entre os países que decidiram proibir a Huawei estão Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão e o Reino Unido começou a liberar recursos para operadoras substituírem equipamentos 5G da chinesa.

No Brasil, a decisão final caberá ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, que evita se posicionar oficialmente sobre o tema.